Conta Patricio Caldeira de Andrada: o arquiteto Levi Mendonça e sua esposa, Miriam, voltavam de Florianópolis tranquilamente, apreciando as paisagens da Serra do Mar e que fizeram parte das suas viagens de antigamente pelas poeirentas estradas que contornavam o leito do Rio São João, em Garuva. Pararam num velho armazém às margens do rio, lancharam e compraram um lindo cacho de bananas ainda verdes. Já em casa, o Levi, que reside perto do Bosque do Papa, pendurou o cacho de bananas "para madurar" numa árvore. Dias depois, logo ao amanhecer, foi pegar uma banana e, para sua surpresa, deparou com uma festa de sanhaços, sabiás e bem-te-vis devorando o farto banquete.
Aumento da gasolina
Conta o Luiz Fanchin Junior: em Piraí do Sul, por volta de 1960, havia um "empresário", Jonas Mainardes, o seu Joninha, pai do Ary Mainardes, funcionário aposentado do antigo Banestado, frequentador da Boca Maldita, que tinha um bar, com mesas de sinuca, e possuía também um Fordinho que prestava serviço como "carro de aluguel" (naquele tempo não se conhecia a palavra táxi). Sempre que mudava o preço da gasolina, os amigos o provocavam e indagavam o que iria fazer com seu Fordinho, visto que a gasolina iria subir de preço. Ele dizia simploriamente: "não tem importância, eu só coloco cinco merréis a cada vez".
Lotra do Dudu
Do Duduzês para o português: "Lotra" = Outra
Quando estávamos no carro, para evitar o tédio, estamos sempre inventando brincadeiras. Por exemplo, quando o semafaro está fechado, nós lançamos uma mágica: "Sim sim saladim, fique logo verde pra mim, pirlim pim pim..." e assim vai até dar certo e o sinal abrir. Só que, para o Du, essa frase é muito grande, então ele a resumiu para: "saladinha fique verde pa mim..."
Um dia, na casa da mãe, o Dudu grita do banheiro: "Vó, vem me 'limpá'!" A mãe, notando que faltava o "por favor", pergunta: "Cadê a palavrinha mágica?", e o Dudu, mais que depressa, grita do banheiro: "Saladinha!"