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Malu

O bom humor do Jurandy

Aos 75 anos de casados, o sr. Jurandy, de 97 anos, e a sra. Iracy, de 96, resolveram trocar a agitação da sua casa na cidade de São Paulo pela tranquilidade de um lar para idosos na periferia da cidade. Lúcidos e bem amados, rotineiramente recebem inúmeras visitas dos familiares e dos muitos amigos que souberam fazer por onde passaram. Na visita que fez ao casal, um amigo elogiava a beleza do local e a estrutura deste "recanto para idosos" quando foi interrompido pelo sr. Jurandy: "Meu amigo, você está enganado, isto aqui não é um 'recanto para idosos'", e continuou com o semblante bem sério. "Eu fiz uma pesquisa e descobri que nenhum morador deste lugar tem os pais vivos, portanto isto aqui é um orfanato!"

"Política"

A eleição para prefeito de Piraí do Sul corria solta. Comício daqui e dali. O Samuel, com sua costumeira simpatia e paciência, visitava os seus eleitores. Enquanto isso, o João Abrão, empresário de sucesso, acompanhado pelo seu principal cabo eleitoral, o Tato Fanchin, comerciante de prestígio na cidade, corria de um bairro a outro fazendo os seus dircursos de austeridade, que iria trazer progresso para a cidade, que era amigo do governador Richa.

Certo dia, descobriram que a esposa do João, dona Maria Cândida Fanchin, avó do deputado Ney Leprevost, sempre chegava atrasada ao comício. Ali no bairro do Fundão, um conhecido a abordou e indagou o porquê de ela não ter participado do comício, visto que era uma grande comunicadora e atendente dos pobres através do posto de saúde do qual fora diretora. Ela respondeu: "Vim ver se consigo recuperar os votos que o João perdeu com o seu discurso de promessas de progresso".

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