O jornalista Luiz Geraldo Mazza frequentemente segue com o amigo Nelson Penteado Alves, nos fins de tarde, até o Lusitano, na Avenida João Gualberto. Um dia, entraram no estacionamento e, enquanto o Nelson aguardava trazerem o carro, Mazza foi ao banheiro.
Chegou na frente outro carro do mesmo tipo e também de cor prata, que já seguiu para a saída. Mazza, que voltava à recepção, correu atrás do veículo e puxou o trinco da porta do lado do passageiro.
O carro, então, parou, baixou o vidro e a motorista, sorrindo, lhe disse: "Seu amigo vem no carro de trás!"
Mazza desculpou-se e aguardou a chegada do Farofa, que, rindo com a cena, lhe abriu a porta. O famoso jornalista disse: "Pelo menos ela é linda... e educada".
Seu Sguário de carona
Seu João Sguário, ou o velho Moura, como era conhecido entre os grandes madeireiros do Paraná, tinha mais de uma dezena de serrarias nos estados do Paraná e Santa Catarina. Seu irmão, o seu Luiz Sguário, também era madeireiro respeitado e se estabelecera em Itararé, no estado de São Paulo, divisa com o Paraná. Certa ocasião, fora visitar seu irmão e tratar de negócios. Naqueles tempos, por volta de 1940, não havia ônibus e o trem passava uma vez por dia.
Foi quando apareceu um caminhão que seguia para Piraí, após ter entregue uma carga de madeira, e ofereceu carona ao velho Moura. Depois de muitas horas de viagem, chegaram ao destino e o seu Moura, então, perguntou ao motorista quanto deveria pagar pela carona. O motorista, meio assustado, respondeu: "Uai, seu Moura, como é que vou lhe cobrar? Pois o caminhão é seu". Foi então que ele mandou pintar um pinheiro na porta dos seus caminhões a fim de identificá-los.