Exatamente isso, amigos leitores! Vinte e quatro anos que esta página existe. A Nostalgia vem saindo ininterruptamente na Gazeta do Povo há 1.248 domingos, desde que foi criada pelo nosso saudoso diretor, jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, em 1989. Foi no dia 4 de junho desse ano, um domingo, que este espaço dedicado a memórias veio à luz.
Lembro como se o acontecimento tivesse ocorrido ontem. Apesar de já estar ligado à imprensa do Paraná há mais de 30 anos, confesso que suei frio... Como seria a receptividade dos leitores? Estaria o trabalho à altura das expectativas? Afinal de contas, a página designada não era qualquer uma a sexta página do primeiro caderno era conhecida por todos os funcionários do jornal como a página do patrão. Afinal, era um prestígio honroso e inesperado.
Sábado, 3 de junho, a ordem era para que a sexta página fosse montada num capricho fora do comum. Desde a tarde, lá estava seguindo os trabalhos dos fotolitos, a montagem, a gravação da chapa e, finalmente, a rotativa. As primeiras provas corriam as mãos dos impressores, mais tinta, menos tinta. Está nos conformes, soa a campainha, e a máquina roda a 20 mil exemplares por hora e vai assim até o fim da madrugada. Perto de 150 mil jornais passam a circular.
Confesso que nas primeiras semanas fiquei apreensivo. Sosseguei quando o encarregado da venda de jornais atrasados me informou que estava acontecendo uma procura fora do comum por exemplares de domingos anteriores, desde que a Nostalgia apareceu. Somente uma pessoa estava confiante no sucesso: o diretor do jornal e criador desta página de memórias. Eis a razão de ter sido o trabalho contratado para ser feito apenas por um ano e estar aparecendo todos os domingos há 24 anos. Graças à visão e ao conhecimento do saudoso Doutor Francisco e à preferência dos leitores pela Gazeta do Povo.
Em comemoração ao aniversário desta página, com a devida permissão dos leitores, vou homenagear o bairro em que nasci e onde ainda resido, o velho Batel, com algumas fotos que me fazem lembrar a infância e a juventude e que, agora na velhice, me servem de lenitivo junto com o trabalho com que faço esta minha Nostalgia e que espero ver em breve, junto com outras, no livro que pretendo publicar.
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