Para voltar ao passado através de fotografias não podemos ir muito longe, principalmente aqui na Região Sul. As primeiras fotos feitas em Curitiba demandam a 1858, e assim mesmo são raros retratos de pessoas gravadas pelo sistema de daguerreotipia; fotografias de paisagens surgiram alguns anos depois.
Amanhã, o Paraná comemora os 158 anos de sua Emancipação Política e a devida instalação da então mais nova província do Império brasileiro. Como é devidamente conhecida, a solenidade deu-se, no dia 19 de dezembro de 1853, com a posse de Zacarias de Goes e Vasconcellos como instalador e primeiro presidente.
Quando se passaram cem anos do acontecimento, e o Paraná já era um estado que se destacava na federação, era governador o parnanguara Bento Munhoz da Rocha Neto. Homem culto e de visão voltada para o futuro, programou o plano que ficaria conhecido como Obras do Centenário, nas quais estavam incluídas as do Centro Cívico, Biblioteca Pública, Teatro Guaíra e Praça 19 de Dezembro, além de outros melhoramentos.
Na época imperava a economia produzida pelos cafezais do Norte do Paraná, e nada mais justo do que homenagear o café. Foi quando se criou a Exposição Mundial do Café, que faria parte das comemorações do 1.º Centenário do Paraná. Uma extensa área de terreno, no então despovoado Bairro do Taruman, foi escolhida para sediar a dita exposição, que também serviria como local a se instalar o Congresso Cafeeiro Internacional de Curitiba.
Atualmente, ocupam aquele espaço, da antiga Exposição do Centenário, as seguintes entidades: o Colégio Militar de Curitiba, a Sociedade Hípica Paranaense e o Ginásio Almir de Almeida.
Estão acontecendo os 58 anos daquela comemoração. Fui frequentador diário dos ambientes da exposição, desde seu início em dezembro de 1953 até seu encerramento em março de 1954. Ainda hoje conservo algumas lembranças do evento, como cartazes e uma miniatura do símbolo que ficava na praça central da exposição; sem contar, obviamente, com as inúmeras fotografias, algumas delas ilustram a Nostalgia deste domingo.
Pela primeira vez, tomei contato com a arte do Poty, que decorava tanto o gigantesco portal da entrada como toda a fachada do pavilhão principal. Para que a memória daquele magnífico evento não se perca, fica aqui, nesta página da Gazeta do Povo, o registro fotográfico da Exposição do Centenário, realizada em espaço dentro dos campos do Bairro do Taruman.
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