A cadeia pública de Curitiba existiu por mais de duzentos anos na Praça Tiradentes, aqui ela aparece em fotografia feita em 1897, pouco antes de ser demolida| Foto: Acervo Cid Destefani
Em novembro de 1911 foi criada a Guarda Civil que funcionou até meados da década de 1960. Na foto um grupo de guardas patrulha uma Rua de Curitiba, em 1911
Outra função designada aos guardas-civis era o de controlar o tráfego de veículos, como faz esse guarda nas esquinas da Rua XV com a atual Monsenhor Celso. Foto de 1911
Ciganos acampavam com suas barracas nas cercanias da cidade. Eram especialistas em fazer e vender tachos de cobre,tirar sortelendo as mãos ou então apresentarem espetáculos exóticos, como os da foto de 1906
A foto foi feita no início da década de 1940, quando as policias civil e militar receberam novos equipamentos e os levaram para frente da Catedral onde seriam abençoados. A Fé ajudava no trabalho
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Quando Zacarias de Goes e Vasconcellos instalou a província do Paraná, em 19 de dezembro de 1853, foi provisoriamente instituída uma guarda de honra ao ilustre nosso primeiro presidente, para tal foi instruído o soldado que estaria de sentinela na porta do que seria interinamente o palácio do governo, para que o mesmo apresentasse arma quando o nobre primeiro mandatário chegasse. Aconteceu uma cena digna de um filme de pastelão.

O praça não teve a menor cerimônia, quando o presidente Zacarias apontou na frente do palácio o brioso militar a ele se dirigiu e mostrou a sua arma apresentando-a. Não temos a informação se o circunspecto político tenha comentado: Muito prazer! É uma bela carabina! Entretanto podemos afirmar que ali estava nascendo o Regimento de Segurança do governo da mais nova província do império, embrião que foi da atual Polícia Militar do Paraná.

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O nosso estado comemora 160 anos de sua emancipação política no dia 19 do mês vindouro, sendo que quase ao mesmo tempo o corpo policial celebra também a mesma quantidade de anos de existência contando com o respeito e apoio dos cidadãos, cuja segurança dela depende. Obviamente neste mais de século e meio de existência a PM teve seus altos e baixos, sempre espelhando o apoio que advêm do governante do momento.

No meado da semana que passou uma noticia deixou os curitibanos estupefatos: As linhas telefônicas da Policia Militar e da Secretaria de Segurança foram cortadas por falta de pagamento. Isso não é brincadeira, é o fim da picada! Então que regressão tenebrosa, a segurança da população está impedida de se comunicar, haja vista que o telefone é o meio mais eficaz para qualquer pessoa pedir ajuda. Segundo consta o setor de segurança recebe chamados mas não pode dar retorno e nem se comunicar entre seus departamentos.

Se o ilustre contribuinte deixar de pagar os serviços prestados pela Copel ou pela Sanepar terá os fornecimentos de luz e água interrompidos pois ambas pertencem e são gerenciadas pelo governo estadual. Não pagou? Corta! E não tem desculpa. Segundo o próprio governo as contas telefônicas não foram quitadas porque o governo federal reduziu os repasses de verbas para o estado. Será o Benedito, que chegamos a um miserê tão grande?

As ações dos nossos policiais sempre estiveram atrelados aos equipamentos, aos vencimentos e principalmente ao treinamento que recebem. Agora mesmo aconteceu um problema que já há muito tempo parecia ter desaparecido da cidade. Uma intensa propaganda está sendo feita com cartazes pregados em postes e folhetos distribuídos pelas ruas, anunciando trabalhos especiais de tarólogas, videntes sensitivas e mais um sem número de sortistas.

A policia demorou em debelar tais tipos de vigarices e deu no que deu. Um grupo de pessoas foram lesadas em vultuosas somas de dinheiro cujos golpistas só foram apanhados depois de inúmeras queixas apresentadas, a maioria lesada foi de mulheres, algumas até com instrução superior, o que deixa a gente pensando: Em pleno século XXI têm gente que acredita em feitiços, porções mágicas e que confia somas gordas de dinheiro para esse tipo de vigarice?

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Não é possível, lembro que no final dos anos cinqüenta e inicio da década de 1960, quando me iniciava no jornalismo, cobrindo ocorrências policiais, as tais sortistas eram devidamente enquadradas e presas. Elas eram ciganas que se estabeleciam em casas alugadas nos bairros e atendiam a clientela estúpida, tendo sempre a proteção de um chefe cigano. Tais golpes tinham desaparecido da crônica policial há mais de cinqüenta anos. Agora a história se repete.

Para ilustrar a Nostalgia deste domingo vamos mostrar fotos ligadas a policia da velha Curitiba.