Até o ano de 1880 o espaço não passava de uma campina com moradas esparsas de umas poucas famílias, na maioria de imigrantes alemães e alguns italianos. Com o início da construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba o local foi escolhido para ali se assentar a Estação da capital, prédio de um pavimento que ficou pronto em 1883, o branco de sua pintura fazia que tivesse destaque contra o verde da vegetação que o cercava.
Com o princípio do funcionamento da ferrovia em 1885 o lugar sofreu uma urbanização, o caminho que levava ao Centro da cidade foi logo batizado de Rua Dr. Trajano. Em 1887, com a inauguração do serviço dos bondes de mulas, ali se instalou a estação dos carris e as baias para os animais. Os primeiros hotéis foram surgindo, o Roma da família Mattana e o Tassi, ambos imigrantes italianos. Agora, já com o transporte feito pelos bondes, tanto de carga como de passageiros, a via foi rebatizada como Rua da Lyberdade.
O alemão Luiz Leitner construiu seu estabelecimento na esquina com a Rua da Imperatriz, atual XV de Novembro, com o nome de Grande Hotel, tendo aos fundos a sua fabrica de cerveja, que posteriormente transferiu para o bairro do Batel. O Grande Hotel foi comprado na virada do século 19 pelo cônsul italiano Gino Zanchetta, assim como a Companhia Ferro Carril Curitibana, dos bondes de mulas, foi adquirida por Santiago Colle. Eram os imigrantes se instalando na porta de entrada de Curitiba.
Uma semana depois da morte do Barão do Rio Branco, a Rua da Lyberdade tomou o seu nome em 18 de fevereiro de 1912. Nesta época ali já estava instalado o Palácio do Governo como também o comércio era tomado por portugueses, alemães, ingleses e mais tarde por judeus. Ingleses como o atacadista W. Withers e o comerciante de erva mate Henry Gomm, este último era o cônsul da Inglaterra, estavam instalados na esquina da atual Rua José Loureiro.
Com a entrada em circulação dos bondes elétricos, em janeiro de 1913, o movimento da Rua Barão do Rio Branco tomou maior impulso, o transporte de carga entre a Estrada de Ferro e o centro da cidade e, vice versa, foi intenso até a inauguração do serviço dos ônibus expressos, sendo a rua destinada unicamente para o trânsito daqueles coletivos. Contando ainda com a desativação da Estação da Estrada de Ferro, a Rua Barão sentiu uma decadência, a maioria das casas comercias fecharam suas portas. Apenas recentemente a velha rua, que já foi a principal entrada da cidade, começou a se recuperar.