Atualmente as pessoas estão acostumadas com o tráfego de helicópteros sobre suas cabeças. Tais aeronaves executam transporte de passageiros, fazem passeios panorâmicos ou então executam voos para fotografias ou filmagens facilitando sobremaneira gravação de imagens.
A presença desses aparelhos sobrevoando Curitiba me traz à lembrança a primeira vez que executei algumas fotografias aéreas. Estava iniciando a profissão de repórter fotográfico aqui na Gazeta do Povo, em 1958, quando surgiu um trabalho que pedia aspectos aéreos da cidade. Lá foi o foca, pendurado no bojo de um Paulistinha do Aero Clube.
A missão compreendia fazer tomadas nos bairros do Portão e Água Verde. As imagens gravadas há quase sessenta anos hoje fazem parte da memória da cidade em meu acervo, sendo que uma delas é a que ilustra a presente Nostalgia. Trata-se de um canto da região da Água Verde tendo ao fundo um pedaço do Batel.
Para o leitor se posicionar de maneira a reconhecer aquele ambiente dentro do que existe por ali na atualidade descrevo a foto de 1958: em primeiro plano está ressaltado o prédio da Sociedade Internacional da Água Verde; e à esquerda da foto temos a Avenida República Argentina que, em diagonal cruza a Avenida Silva Jardim, passa pelo terreno baldio onde atualmente está a Praça do Japão e vai se encontrar com a Rua SaintHilaire, já na Avenida Sete de Setembro.
Acima da Silva Jardim aparece a Travessa Acir Guimaraes e dali parte a Rua Bruno Filgueira em direção ao Batel, sendo interrompida pelo terreno da família Gomm.
Junto à longarina da asa do teco-teco temos a Rua SaintHilaire até a Sete de Setembro. Na sequencia vemos a Rua Francisco Rocha atravessando o Batel em direção ao Bigorrilho.
Ainda à esquerda da foto temos um pedaço da Rua Carneiro Lobo. Na esquina da República Argentina com a Silva Jardim aparece o banhado da várzea do Rio da Água Verde junto ao campinho de peladas da piazada da região.
Na atualidade o espaço, que vemos há 56 anos passados, está totalmente tomado por edifícios de apartamentos. Entretanto o leitor, sem muito esforço, consegue localizar-se e ter uma noção de como era esse cantinho da velha Curitiba.
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