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Nostalgia

Carnavais que aconteceram

A Avenida Luiz Xavier era palco dos desfiles. Nesta foto de 18 de fevereiro de 1947, nota-se certa decadência com a falta de animação | CD/Arquivo
A Avenida Luiz Xavier era palco dos desfiles. Nesta foto de 18 de fevereiro de 1947, nota-se certa decadência com a falta de animação (Foto: CD/Arquivo)
Ainda na Av. Luiz Xavier, em 24 de fevereiro de 1952. O local foi decorado pela prefeitura, procurando animar o ambiente |

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Ainda na Av. Luiz Xavier, em 24 de fevereiro de 1952. O local foi decorado pela prefeitura, procurando animar o ambiente

Os maiores foliões do carnaval curitibano vinham de Antonina. Todos os anos era esperada a presença do bloco Apinagés, com suas fantasias de índios. Foto de 1950 |

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Os maiores foliões do carnaval curitibano vinham de Antonina. Todos os anos era esperada a presença do bloco Apinagés, com suas fantasias de índios. Foto de 1950

Moças curitibanas desfilam fantasiadas em carros abertos no corso de 1927 |

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Moças curitibanas desfilam fantasiadas em carros abertos no corso de 1927

Três belas cangaceiras mostram suas divertidas alegrias por participarem do corso em 1927 |

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Três belas cangaceiras mostram suas divertidas alegrias por participarem do corso em 1927

Um grupo de mexicanas estilizadas desfila soberbo no carnaval curitibano de 1927 |

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Um grupo de mexicanas estilizadas desfila soberbo no carnaval curitibano de 1927

Fantasiadas de criadas, as jovens se divertem na Avenida Luiz Xavier, em 1927 |

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Fantasiadas de criadas, as jovens se divertem na Avenida Luiz Xavier, em 1927

A folia curitibana dos velhos carnavais nada tem a ver com a atualidade, a brincadeira era sadia. Começou a degringolar lá pela década de 1960, quando as revistas semanais, como O Cruzeiro, Manchete e Fatos & Fotos, eram os meios de comunicação que mostravam a badalação carnavalesca do Rio de Janeiro. As capas daqueles veículos chamavam a atenção dos leitores do Brasil inteiro, pois estampavam fotos coloridas com mulheres em exíguos trajes, ou então dos famosos concorrentes aos desfiles de fantasia do Teatro Municipal.

Tudo isso acontecia antes de podermos ver os desfiles ao vivo e em cores pelos canais de televisão. Trajes sumários? Pra quê? Se a mulherada desfila nua em pelo no Sambódromo, atraindo turistas do mundo inteiro, mormente aqueles que vêm de olhos estanhados à procura das mulatas calientes.

Fico remexendo nas antigas fotografias dos carnavais do passado, onde aparecem blocos desfilando aleatoriamente pelas ruas de Curitiba. Como o corso na saudosa Rua XV de Novembro, com os carros conversíveis transportando as moçoilas da sociedade em suas fantasias de grupos. Todas espargindo maços de confetes, rolos de serpentinas e jatos de lança-perfumes na plateia que transitava pelas calçadas.

Naqueles tempos o carnaval tinha começo, meio e fim. Os clubes e sociedades operárias promoviam seus bailes, a começar no sábado. No domingo, acontecia o corso e alguns bailes infantis. Na segunda e na terça-feira, outros bailes eram realizados. Ficaram famosos os realizados na sede do Coritiba e no Operário. Esse último promovendo um afamado concurso de travestis. A Sociedade Batel apresentava o certame em que concorriam as bailarinas da noite. Eram as Bem Boladas.

O nosso carnaval é como um ioiô, com altos e baixos. Muita coisa desapareceu por uma série de contingências, a facilidade de podermos viajar às praias é, sem dúvida, a razão mais forte do esvaziamento da cidade, apesar do esforço de alguns clubes em promover seus bailes para o pessoal que permanece por aqui. Fica a pergunta: o carnaval curitibano terá, um dia, a chance de renascer das cinzas da quarta-feira?

A Nostalgia apresenta uma série de fotos de velhos carnavais, quando era uma pueril brincadeira com lança-perfumes, serpentinas e confetes, rematada com uma cruz de cinzas na testa dos arrependidos foliões.

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