Logo após os festejos de Ano Novo um grupo de mais antigos trocava opiniões sobre a instalação do metrô curitibano, o conceito generalizado entre a meia dúzia presente no bate papo é que tal obra Curitiba não comporta. O mais novo participante da tertúlia já tinha adentrado a casa dos sexagenários.
Os mais radicais participantes da roda concordavam que tal obra não passa de conversa para boi dormir. Alguém lembrou que em 1999 apareceu um projeto para se instalar um metrô de superfície que iria trafegar em monotrilhos. Outro recordou que em 2003 foi aventado que se deveriam usar as canaletas existentes dos ônibus expressos para ali se instalarem veículos leves para transitarem sobre trilhos.
Um poeta, pertencente a Sorbonne do Juvevê, propôs que a prefeitura instalasse uma linha entre o Passeio Público e a antiga Estação da Estrada de Ferro, para fazer circular o último bonde curitibano existente e que esteve exposto na Praça Tiradentes, bonde este que passou por uma recuperação onde foram usadas as mais diversas peças em sua remontagem, peças que jamais pertenceram àquele modelo de veiculo. Uma caricatura do bonde que um dia existiu sob a velha carroceria, um verdadeiro Frankstein de lata. Tal veiculo virou sucata outra vez e esta num canto de um deposito da URBES.
A história dos bondes em Curitiba começou em 1887, quando foram inaugurados os bondinhos de mulas em novembro daquele ano. Em 1895 passaram a pertencer ao italiano Santiago Colle. Em 1910 foram adquiridos por uma companhia anglo-francesa que tratou de colocar bondes elétricos, instalados em 1912 e inaugurados em janeiro de 1913. Essa empresa explorou os bondes até 1924, quando passou o acervo para a prefeitura que transferiu, em 1928, para a companhia norte-americana Eletric Bond & Share que passou a denominar-se em Curitiba como: Companhia Força e Luz do Paraná.
Em 1945 a Força e Luz, para se livrar do serviço do transporte coletivo, que não era lucrativo, transferiu 38 bondes e 28 quilômetros de linhas para a prefeitura que, por sua vez, repassou tudo para o empresário Aurélio Fressato, pelo preço simbólico de um cruzeiro. Em 1952 os bondes foram desativados em Curitiba, o de numero 105 fez a última viagem entre o ponto final do Portão e a Estação de Bondes da Rua Barão do Rio Branco, em julho daquele ano.
A Nostalgia deste domingo apresenta uma serie de fotos curiosas dos bondes curitibanos.
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