Vista aérea do Estádio do Ferroviário, em junho de 1950| Foto: Acervo Cid Destefani
Fachada e portões do Estádio Durival Britto, em 1950
Local para estacionamento em frente do Ferroviário durante a Copa
Arquibancadas de madeira em extensão das gerais feitas para a Copa, no Durival Britto
Juízes que atuaram no jogo entre as seleções do Paraguai e Suécia, que terminou empatado
O Colosso da Vila Capanema. Arquibancadas do Ferroviário, em 1950
Penetras em cima do muro, prontos para invadirem o Estádio do Ferroviário
Seleção da Suécia
Seleção do Paraguai
Seleção dos Estados Unidos
Seleção da Espanha, que venceu os EEUU por 3 a 1
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Vamos dar um salto ao passado, iremos até o mês de junho de 1950, ano da Copa do Mundo no Brasil. Curitiba foi agraciada com duas partidas pela Fifa. Os noticiários dos jornais não chegavam ao sensacionalismo da atualidade, por exemplo, no dia 1º de junho saía uma nota onde se lia "... medirão forças no Colosso do Capanema Suécia e Paraguai, no dia 25 de junho, e Espanha e Estados Unidos no dia 2 de julho..." As seleções vieram, em sua maioria, de navio para o Brasil; a da Itália antes de partir foi recebida pelo papa, no Vaticano, para receber suas bênçãos; o próprio presidente da Fifa, Jules Rimet, também veio via marítima.

Curitiba se movimentava criando comissões de apoio aos jogos da Copa. O governador Moisés Lupion, o jornalista José Muggiati Sobrinho e o prefeito Lineu Ferreira do Amaral eram os presidentes de honra das comissões, que no total eram cinco; a superintendência de todas elas coube ao vice-presidente da Federação Paranaense de Futebol, o advogado José Cadilhe de Oliveira. Se não bastasse o grande número de componentes das tais comissões, o presidente da Federação, Amâncio Moro, nomeou inúmeras autoridades para as ditas comissões, sendo obrigado, posteriormente, a publicar um aviso desautorizando ingressos fornecidos pela FPF, valendo para os jogos apenas os fornecidos pela Fifa e CBD.

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Tal aviso não surtiu efeito, houve invasão do estádio, numerosos penetras escalaram os muros e passaram para o interior se acomodando entre os espectadores pagantes. Dentro do campo somente os jogadores, juízes e corpo médico. Os fotógrafos deveriam se instalar atrás dos gols, porém a cinco metros das redes. Não foi permitida a entrada de cinegrafistas, a não ser da Cinédia, a companhia cinematográfica exclusiva da Copa no Brasil.

Quanto às exigências da Fifa sobre o Estádio do Ferroviário – segundo a crônica: O Colosso do Capanema – foram mínimas e adaptadas à época. Tanto é que houve a construção de um anexo nas gerais, todo de madeira, localizado na curva da concha acústica.

Aproveitando o clima do momento, mostramos neste domingo aspectos e imagens da Copa do Mundo de 1950 em Curitiba.

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