Fotografia de uma festividade cívico-religiosa na frente da Universidade do Paraná, na década de 1940| Foto: Acervo Cid Destefani
Curiosos reunidos junto a um acidente entre dois bondes elétricos, na Praça Tiradentes, em 1939
O Passeio Público já foi o local onde os curitibanos se reuniam para divertir-se nos fins de semana. Passeio em canoas no lago formado pelas águas do Rio Belém, em 1947
Rua Quinze de Novembro, esquina com Marechal Floriano, pouco tempo depois de ser fechada para o tráfego de veículos. Foto do início dos anos de 1970
Rua Dr. Murici esquina com Rua quinze de Novembro. Note-se o movimento de carroças em uma manhã de 1948
Colonos reunidos para festa de Primeira Comunhão na frente da Igreja de Santo Antônio na Colônia Orleans, na década de 1920
Interessante imagem feita por ocasião de um casamento. Notar os trajes, principalmente das crianças. A foto é de uma remessa anônima, vale como registro de um passado distante
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Os leitores desta página são aqueles curiosos que desejam conhecer como eram os recantos de Curitiba em outros tempos. A curiosidade se estende também aos usos e costumes dos que aqui residiram e tiveram convivência social na pacata capital dos velhos tempos. Para dar tempero nessa viagem ao passado, buscamos velhas imagens que ajudam, sobremaneira, a nos dar ideia do passado, das tradições e também de como era o aspecto físico da Curitiba que já se foi.

Na atualidade o curitibano vive através de ícones criados pela comunidade como pontos de referências, muitos deles com mais de um século de existência. Exemplo significativo a tal menção é o prédio central da nossa Universidade, na Praça Santos Andrade. Ali sempre se reuniu o povo em comemorações cívicas, haja vista que os desfiles militares e estudantis dali partiam para desfilar pela velha Rua Quinze de Novembro, até que esta foi fechada na década de 1970. Os trotes dos calouros, comícios políticos, o Dia da Vitória em 1945, e mais um sem-números de comemorações tiveram o antigo prédio como testemunha nos últimos cem anos. Até hoje é dali que saem passeatas com reivindicações das mais diversas.

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Outro ponto da urbe, com quase 130 anos de fundação, é o nosso Passeio Público. O mais antigo parque de Curitiba durante todo esse tempo sempre teve seus altos e baixos. Atualmente existe uma campanha, encabeçada pela Gazeta do Povo, para revitalizar aquele ambiente. Os saudosistas mais renitentes sentem falta dos animais cuja atração foi transferida para o Zoológico, alguns chegam a relembrar os movimentadíssimos fins de semana do antigo Bar e Restaurante Lá no Pasquale. São coisas que não voltam, confirmando que, apesar de ainda estar lá, o Passeio Público não é mais o mesmo.

Em nossa breve visita a outras épocas vamos relembrar os bondes elétricos, desativados das ruas curitibanas em 1952, com a imagem de um acidente entre dois desses veículos na Praça Tiradentes nos idos de 1940, promovendo um ajuntamento de curiosos em torno dos mesmos.

Temos ainda a imagem da Rua Dr. Murici, esquina com a Quinze de Novembro, em 1948, onde o destaque é a figura do guarda civil coordenando o trânsito para meia dúzia de carroças que por ali circulavam. Falando em carroças elas nos levam para a periferia da cidade até a Colônia Orleans, hoje populoso bairro. A nossa visita é feita em dia de festa, na década de 1920, quando a Igreja de Santo Antônio promovia a Primeira Comunhão de crianças da comunidade.

Alguns leitores, mais jovens, pedem que sejam publicadas fotos da época em que nasceram. Atendendo esse pessoal, hoje já com seus quarenta nas costas, publicamos uma fotografia da Rua Quinze de Novembro esquina com Marechal Floriano, logo depois que aquela via foi fechada para o trânsito de automóveis. Um bom observador verá quanta coisa já mudou por ali.

Para fechar a coleção de imagens temos a fotografia de um casamento realizado, talvez, na década de 1930. Não sabemos quem são as ilustres figuras retratadas, entretanto vale pela pose e pelos trajes dos personagens. A seriedade da cerimônia está presente no semblante de todos, principalmente das crianças que valorizam sobremaneira a gravação feita para a posteridade. Infelizmente, esta é uma das centenas de imagens que recebemos sem identificação alguma e cujos remetentes preferem que a doação fique no anonimato.

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