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Rua Marechal Floriano, da Rua XV para baixo, em pacato flagrante de uma tarde em 1939 | CD/Arquivo
Rua Marechal Floriano, da Rua XV para baixo, em pacato flagrante de uma tarde em 1939| Foto: CD/Arquivo
  • Imagem aérea de um espaço do bairro Água Verde, onde se destaca o prédio do Colégio Sagrado Coração de Jesus, famoso educandário feminino da capital. Foto de 1946
  • Rua XV de Novembro em meados da década de 1960. Funcionários do escritório das Indústrias Matarazzo se reúnem nas sacadas para uma fotografia para relembrar o prédio que será demolido, para o alargamento da rua
  • Napoleon Potyguara Lazzaroto, o Poty, na frente de sua obra na Praça 29 de Março, em 1965. O artista gostava da coincidência: nasce no dia 29 de março e a praça foi construída no antigo campo do Poti Futebol Clube
  • Uma das famosas enchentes do Rio do Ivo, na Praça Zacarias, reúne um grupo de jornaleiros em frente da Loja Maçônica Dario Vellozo, em 1939
  • Na década de 1950 vemos o famoso Café Alvoradinha, da Travessa Oliveira Belo, repleto de habitués

As lembranças arquivadas em nossos cérebros muitas vezes dormem por anos a fio, sem que tomemos conhecimento de que elas ainda existem. Para despertá-las muitas vezes precisamos ter alguma coisa correlata que nos jogue no passado, quer recente ou mesmo guardadas no sótão em baús que nem sequer atinávamos com suas existências. Um odor, um paladar ou uma visão são capazes de nos transportar até para a mais tenra infância.

Há os que guardam seus momentos mais notáveis em diários ou álbuns de fotografias sistematicamente. Um bom princípio para não esquecer os velhos tempos, tanto os bons como os menos agradáveis.

Assim como seus habitantes, uma cidade tem seus momentos gravados na memória da sua história. Curitiba os tem de sobejo, fatos e ambientes que são relembrados com o passar dos anos: a casa onde nasceu, a primeira escola e a primeira professora, os primeiros amigos, os acontecimentos religiosos, o primeiro cinema e o primeiro baile. Vai daí um rosário de acontecimentos que jamais se apagarão de nossas mentes, como os macacos do Passeio Público, o sorvete, os balões de gás ou o algodão-doce.

Como é gostoso, em vários momentos, viajar para um tempo em que não existíamos. O prazer de saber como eram os lugares, como se trajava o povo, quem construiu aquele velho edifício e há quantos anos tal fato aconteceu. Essa é a memória que o povo conserva, não a que a vaidade do político tenta nos impingir. Agora mesmo a prefeitura está comemorando os 40 anos do Calçadão que transformou a Rua 15 de Novembro, como sendo o primeiro de Curitiba. Conversa mole! O primeiro Calçadão, exclusivo para pedestres, tem mais de 45 e foi feito pelo prefeito Ivo Arzua, na Travessa Oliveira Belo e Praça Zacarias.

Esses políticos, como tentam atrapalhar nossas memórias por acharem,talvez, que elas são muito curtas. Agora, pelo que parece, vamos ter um candidato que deseja ser o prefeito mais alegre de Curitiba, acho que o risonho está enganado do cargo a exercer, pois, com toda a sua alegria, somado ao corpanzil de várias arrobas, seria facilmente eleito o Rei Momo, efetivo, de nosso insignificante carnaval.

Hoje, vamos viajar através de fotos antigas até um Café que marcou época e vamos ver a fachada de um prédio que desapareceu, na Rua XV, um colégio que reuniu meninas da capital e do interior durante décadas e que ainda está ativo; o retrato de uma piazada alegre, antigos jornaleiros de Curitiba. Também temos a imagem de um artista-símbolo de Curitiba e suas coincidências. Ainda uma antiga rua da cidade, que nos velhos tempos era estreita, hoje uma larga avenida. Vamos às fotos.

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