Passageiros esperam pacientemente, como bons curitibanos, em fila para tomarem o ônibus, na Praça Tiradentes, que os levaria para o bairro. Foto de 28 de agosto de 1946| Foto: Acervo Cid Destefani
Ponto de automóveis de aluguel, então chamados de carros de praça, estacionados na Praça Tiradentes em 15 de fevereiro de 1945
Em 1954 já era grande o número de automóveis em Curitiba, apesar de serem unicamente importados. O terreno baldio do Banco do Brasil servia como opção de estacionamento, na Praça Tiradentes. Foto de 1954
Demolição da estação de bondes na Praça Tiradentes, com a finalidade de aumentar o espaço para o tráfego de automóveis. Foto de 18 de abril de 1952
O mesmo local, onde estava instalada a estação de bondes, agora com maior capacidade de ocupação pelos automóveis. Foto de 1958
Engarrafamento causado pelas manobras de um caminhão-tanque, na Avenida do Batel com a Rua Bento Viana. Foto do início do mês de março de 2013
Caos no trânsito da Rua Jerônimo Durski, no Batel. Em foto de 14 de março de 2013
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A nova administração municipal da capital ganhou junto com os resultados das urnas o que pode ser considerado um presente de grego: o aumento das passagens dos ônibus que estava congelado por uma manobra política que não deu certo, ao ponto de o candidato da situação ao cargo de prefeito nas últimas eleições ter sido derrotado. Tal mágica somente serviu para eleger o prefeito anterior.

Além de tudo, o governo do estado retira agora o subsídio, a partir do próximo mês de maio; sendo, portanto, a segunda vez que os preços impostos aos passageiros do transporte coletivo vão ser usados como manobra política. Isso acontecendo, os ônibus que servem aos moradores da região metropolitana terão tarifas diferenciadas. A grita deverá ser geral e aí vai se ficar sabendo quem levará o prejuízo, se o prefeito ou o governador.

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Outro fato de grande importância é o aumento do número de táxis, que deve ocorrer em breve. Curitiba está há longo tempo, 40 anos no mínimo, com a mesma quantidade desses automóveis de aluguel. Para servir a população, rodam pela cidade, ou deveriam rodar, em torno de 2.250 táxis. As reclamações são constantes quanto à demora do atendimento dos serviços de teletáxis, ao sumiço dos carros nos horários de pique ou em dias de chuvas. Ainda mais agora, com a tolerância zero da Lei Seca para os motoristas, ocorre uma enorme dificuldade de se conseguir um táxi durante a noite. Quem está tomando um grande prejuízo são os bares e restaurantes, que veem seus fregueses rarearem a frequência.

O número de novas placas a serem concedidas aos taxistas está em torno de 750. Entretanto, a Urbs vai exigir que a exploração de tais veículos seja feita unicamente ao detentor da concessão, o que vai acabar com certas regalias do monopólio de pessoas, ou empresas, que possuem inúmeros carros rodando pela cidade, cuja féria diária acaba dando gordos lucros a poucos proprietários em detrimento do trabalho de muitos.

Acredito que o nosso atual prefeito vai ter de estar muito bem assessorado quanto à organização do transporte da população, quer por ônibus ou por táxis. Ainda mais se levando em conta o fluxo de automóveis que a cada dia aumenta mais pelas ruas de Curitiba, assim como pelas estradas que ligam a capital às cidades circunvizinhas, já que esse último serviço é de responsabilidade do governo do estado.

Aproveitando o fato de abordarmos também o trânsito de veículos pelas ruas da cidade, estamos publicando duas fotografias atuais de congestionamentos ocorridos no Batel. A primeira foi feita na esquina da Avenida do Batel com a Rua Bento Viana quando um caminhão-tanque, com 35 mil litros de gasolina, manobrava para sair do posto onde fizera a entrega, fazendo com que longos minutos congestionassem os veículos àquela esquina.

Outra rua que vem tendo grandes problemas é a Jerônimo Durski, entre a Avenida Vicente Machado e a Gabriel de Lara. Grande parte da Durski, a partir do Terminal Campina do Siqueira, tem tráfego em mão única, funcionando como via conectora, pois ali transitam os ônibus que fazem a linha Campina do Siqueira-Batel. No trecho citado a rua é estreita com um grande movimento de carros, inclusive de caminhões que recolhem lixo hospitalar à beira da calçada e com automóveis estacionando, muitas vezes, em ambos os lados, o que deixa apenas um espaço exíguo para um único veículo. O bom senso indica que os veículos deveriam circular em mão única, desde a Vicente Machado até a Gabriel de Lara. Que a nossa prefeitura tome uma providência, haja vista que nem uma fiscalização por lá ocorre.

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