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A prefeitura arruma o caminho que é o inicio da atual Avenida República Argentina e canaliza parte do Rio da Agua Verde. Ao fundo temos o espaço da atual Praça do Japão. Foto de 1939 |
A prefeitura arruma o caminho que é o inicio da atual Avenida República Argentina e canaliza parte do Rio da Agua Verde. Ao fundo temos o espaço da atual Praça do Japão. Foto de 1939| Foto:
  • A Rua Marechal Floriano em 1939. A carroceria do bonde que aparece na foto foi feita em Curitiba por operários locais
  • Em 1940 ônibus recolhe passageiros na Rua Marechal Floriano esquina com Praça Tiradentes com destino ao Cemitério Municipal em visita no feriado de Finados
  • Quando viajar de trem a Paranaguá era barato o curitibano curtia esse passeio nos fins de semanas. Foto na Estação da Volta Grande na década de 1930
  • Rua Quinze de Novembro esquina com Marechal Floriano. Movimento de pedestres, automóveis e um bonde num domingo de 1925
  • Carroça transporta visitantes em Vila Velha em Ponta Grossa. Ilustre figura de terno, gravata e chapéu portando um facão, em foto feita na década de 1930
  • Esta curiosa fotografia feita por Arthur Wischral mostra uma espécie de litorina a vapor, seria aqui do Paraná? Uma ajudinha do amigo Paulo Kröetzner, entendido em ferrovias

Como acontece sempre aos domingos, aqui na Nostalgia, embarcamos em nossa Maquina do Tempo e nos mandamos com destino ao passado, embalados pelas imagens de antigas fotografias. Hoje vamos visitar alguns tipos de conduções que foram utilizadas pelo povo que aqui viveu em outros tempos.

O primeiro meio de transporte usado pelas trilhas e picadas curitibanas foram os lombos de cavalos e mulas, estas últimas mais usadas pelos tropeiros e viajantes que percorriam longas distancias medidas sempre em léguas. Os primeiros carros que se aventuraram pelos precários caminhos eram tracionados por parelhas de bois, sendo substituídos no primeiro quarto do século dezenove pelas carroças introduzidas pelos imigrantes europeus.

Veiculo mais leve, tracionado por cavalos, a carroça servia para o transporte na cidade e periferia puxada por um ou dois animais. Os carroções para transporte de cargas eram tirados por oito animais, onde se mesclavam mulas e cavalos, esses transportes cobriam longas distancias e ficavam viajando durante meses.

O primeiro transporte individual e mecânico que rodou pelas ruas de Curitiba foi à bicicleta, importada por revendedores da colônia alemã e por um espanhol de sobrenome Laffite, isto aconteceu por volta de 1890. Nessa época a cidade já possuía um serviço de bondes tracionados por mulas. A cocheira da estação dos bondes abrigava 150 mulas para o serviço de transporte de cargas e passageiros. Os bondes de mulas foram inaugurados em 1887, dois anos depois da inauguração da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá. O primeiro automóvel surgiu em Curitiba em 1903. Os primeiros caminhões apareceram no final de 1912, adquiridos pela prefeitura, tendo o governo do estado adquirido um para o recém-criado Corpo de Bombeiros.

Em janeiro de 1913 os bondes elétricos começaram a ligar o centro da cidade aos bairros e arrabaldes da periferia, o curitibano começava a se deslocar com mais conforto e rapidez por toda a cidade. O serviço de coches de aluguel, já no inicio da década de 1920, começaram a sentir a concorrência dos primeiros automóveis de praça. Entretanto isso não impedia a existência de fabricantes de charretes e carroças, conduções largamente usadas até o final da década de 1950.

A parafernália da atualidade no sistema do transporte coletivo, misturada com o volume babilônico de automóveis particulares, junto com veículos de cargas, taxis, carrinheiros catadores de papel e com os kamikazes que pilotam suas motos costurando o transito e sofrendo acidentes, muitas vezes fatais, tudo isso tem um começo, uma história que um dia deve ser contada, junto com fabulas e lendas, como a atualíssima da instalação do metrô, ou então a de reviver a circulação de um antigo bonde pelo centro da cidade, ou ainda como a imitação dos antigos bondes de mulas para circularem no Parque Bariguí, cujo tamanho e peso não havia animal que conseguisse move-los.

É isso ai caros viajantes no tempo, uma historinha aqui, uma potoca acolá, temperadas com muita conversa mole, daquelas para boi dormir, o curitibano fica esperando o momento que não mais será confundido com miseras sardinhas enlatadas no discutido melhor transporte coletivo do Brasil.

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