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Nostalgia

Olhe onde pisa!

A Rua Marechal Floriano na década de 1910, quando o leito da rua foi calçado. Tendo ao centro mudas de magnólias recém-plantadas e nas laterais os passeios com pedras duquinho |
A Rua Marechal Floriano na década de 1910, quando o leito da rua foi calçado. Tendo ao centro mudas de magnólias recém-plantadas e nas laterais os passeios com pedras duquinho (Foto: )
Calçamento da Rua Desembargador Hugo Simas ao lado do cemitério, em 1957 |

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Calçamento da Rua Desembargador Hugo Simas ao lado do cemitério, em 1957

A Rua Carlos Dietzsch, no bairro do Portão, quando foi asfaltada em 1955. Atualmente, encontra-se deteriorada, apesar do intenso movimento |

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A Rua Carlos Dietzsch, no bairro do Portão, quando foi asfaltada em 1955. Atualmente, encontra-se deteriorada, apesar do intenso movimento

A Avenida Luiz Xavier – o calçamento em petit-pavé solapado forma grandes poças d’água durante as chuvas, na atualidade |

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A Avenida Luiz Xavier – o calçamento em petit-pavé solapado forma grandes poças d’água durante as chuvas, na atualidade

Bueiro tapado, na Rua Ébano Pereira |

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Bueiro tapado, na Rua Ébano Pereira

Remendo desleixado no passeio |

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Remendo desleixado no passeio

Amontoado de lixo depositando gordura no calçamento |

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Amontoado de lixo depositando gordura no calçamento

É isso aí, meus amigos! Em Curitiba você tem de olhar mais para o chão do que para a paisagem. As calçadas ditas tradicionais empedradas com petit-pavé são as maiores armadilhas para o transeunte despreocupado. Onduladas, com altos e baixos perfeitamente notados, principalmente em dias de chuva, quando os declives ficam cheios de águas empoçadas. O centro da cidade então é uma maravilha; o calçamento é pista especial para tropicões, escorregadas ou torções nos pés.

Uma coisa que os empreiteiros, engenheiros ou sei lá quem, de nossa prefeitura, desconhecem é o nivelamento dos pisos, tanto do leito das ruas como das calçadas. Lembro que antigamente as ruas eram calçadas com esmero, ficavam planas que dava gosto de ver. Era esticado um barbante que balizava a altura das pedras, e o fiscal da obra estava de olho para que tudo se fizesse nos conformes. Hoje? Qualquer meia-colher é especialista em calçadas, basta ver a remendeira que existe nos passeios das nossas ruas.

Até hoje, e principalmente na atualidade, não escutei ninguém elogiando a maioria das calçadas e pistas de rolamento de Curitiba. Na maioria das ruas dos bairros e mesmo em muitas centrais, para quem está dirigindo, a impressão é de que se encontra navegando sobre marolas que o asfalto remendado transmite. Nas vias cobertas com antipó então nem se fala – aí é a buraqueira que predomina.

Existem locais em que o pedestre tem de ser um verdadeiro equilibrista. O leitor já deve ter tido a especial experiência de se locomover sobre calçadas inclinadas, principalmente em esquinas e na entrada de certas lojas. São verdadeiros morretes capazes de levar ao chão, não só aos mais idosos mas também como qualquer passante que desconheça esses tipos de acidentes geográficos das nossas vias urbanas.

Para completar, vamos encontrar pelo centro da cidade vários cantos onde são colocados sacos de lixos, principalmente os que contêm gordura, deixando as pedras do calçamento ensebadas e capazes de proporcionar escorregões perigosos. Se isso não bastasse, temos, principalmente nos dias quentes e com falta de chuvas, o terrível mau cheiro exalado das bocas de lobo, principalmente dos bueiros que ficam acima dos empestados rios que correm no subsolo central.

O leitor pode estar estranhando o texto acima ser inserido aqui na página da Nostalgia, que cuida mais do passado da nossa urbe e do contexto histórico da cidade. Entretanto, no futuro não se poderá dizer que foi feita vista grossa para com as coisas que afligem Curitiba na atualidade.

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