O dia de hoje, no meu tempo de piá, era festejado como o "Dia da Raça", um feriado instituído na época da ditadura de Getúlio Vargas. Aqui em Curitiba emendava tudo, dia 4 de setembro com os dias 7, da Independência, e 8, festejando a Padroeira da cidade. Entretanto, tais feriados tinham uma grande diferença com o que acontece hoje. O povo ficava na cidade quando participava dos desfiles, o escolar no dia 4 e o militar no dia 7, e já no dia seguinte acontecia a procissão religiosa.
Atualmente, como acontece já há bom tempo, tal época é aproveitada para o lazer do povão, normalmente tendo como destino o litoral. Os feriados prolongados consentem que tais esticadas se realizem graças às facilidades permitidas pela locomoção nas estradas, tanto por automóveis como por ônibus e até mesmo em motocicletas.
Já vai longe o tempo em que o curitibano em seus dias de folga não se afastava muito da cidade. Pescarias no Rio Iguaçu, sempre aqui por perto em São José dos Pinhais ou Araucária, que dava para ir até de bicicleta , ou então um pouco mais longe, como Guajuvira ou a Estação de General Lúcio, e também Porto Amazonas, para onde se ia de trem. Agora não existem mais os trens de passageiros para tais locais, além do que a poluição impera nas águas do Iguaçu, coisa que liquidou definitivamente com a poesia que tais viagens forneciam.
Em nome do progresso muita coisa desapareceu. Quando a Rua XV de Novembro era a alma de Curitiba, o povo ali se reunia para suas festividades: tudo que era importante acontecia na Rua XV. Após seu fechamento para o trânsito de veículos, a rua fica morta logo nas primeiras horas da noite, assim como nos domingos e feriados. Acabou a vibração da população, quando ali transitava para ver e ser vista. Olhar vitrines iluminadas? Babau, acabou! As lojas, com as portas cerradas, mostram suas fachadas como sendo de uma cidade fantasma.
Para quem não viaja, e aos poucos que ficam, resta, no dia 7, o desfile militar realizado no Centro Cívico, assim como transitar pelas ruas quase que livres da presença dos automóveis. É uma calmaria que lembra os bons tempos em que os automóveis, motos, ligeirinhos, expressos e biarticulados não estressavam os que curtiam passear, admirando a paisagem urbana. As ilhas da salvação, para quem fica na cidade, estão no confinamento dos espaços oferecidos pelos shoppings. Êta programão!
Vamos dar uma volta no passado para ver como o curitibano se comportava em seus momentos de lazer.
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