A Praça da Republica em 1906 um descampado usado para manobras militares do quartel que ali estava instalado, o 6º. Regimento de Artilharia, cujo efetivo vemos desfilando. O sobrado ao fundo era o Hospital Militar, mais tarde o prédio foi usado pelo Colégio Iguaçu| Foto: Acervo / Cid Destefani
A água do chafariz da Praça Zacarias, então Largo da Ponte, vinha do descampado do Olho D’Água dos Sapos, atual Praça Rui Barbosa. A foto é de 1905
A Pracinha e a Rua do Batel ficava junto ao engenho de erva mate que pertencera ao Barão do Serro Azul. Na década de 1930 a praça foi urbanizada e recebeu o nome do carioca Miguel Couto medico e politico carioca que em 1934 foi contra a imigração japonesa
A Praça Tiradentes vista de um ângulo no sentido Leste-Oeste, quando ainda existia a Estação de Bondes. A foto é de 1948
A Praça Osório em fotografia de 1918 quando o relógio teve o seu maquinário importado da Alemanha instalado. Quando a praça foi inaugurada, em 1914, o relógio teve de esperar o seu mecanismo por causa da 1ª Guerra Mundial
O bebedouro e a antiga Igreja da Ordem em fotografia do final da década de 1960, quando os automóveis ainda transitavam pela velha Praça da Ordem
Na Praça Carlos Gomes vemos a fachada do antigo prédio que foi sede do Quartel General em 1906. Depois de 1911 sediou a Escola de Artífices, depois Escola Técnica. Foi ocupado ainda pelo Departamento Estadual de Compras. Hoje sua fachada esta descaracterizada. Foto de 1970
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Caminhando pelo passado das praças de Curitiba vamos encontrar histórias acontecidas e que na atualidade caminham para o esquecimento. Vamos tomar como exemplo a atual Praça Rui Barbosa, pouca gente lembra o ano em que ela foi urbanizada, isto aconteceu quando Ney Braga era prefeito, no ano de 1955. Mas, para traz daquele ano o que existia por ali?

Voltando a uma das primeiras citações daquele local vamos descobrir um descampado onde existia uma vertente conhecida popularmente como o Olho d’água dos sapos. Foi desse olho d’ água que o engenheiro Antônio Rebouças executou uma canalização que transportou o liquido até a atual Praça Zacarias e ai sendo servida a população através das torneiras de um chafariz, inaugurado em 1871.

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Através dos anos a Rui Barbosa recebeu varias denominações, entre as quais a de Largo da Misericórdia, logo após a inauguração da Santa Casa, em 1880. Uma década se passou para que, com a queda do império, fosse renomeado como Praça da Republica. Finalmente, na década de 1920, passou a ter o nome atual. Até 1954 a praça não passava de um enorme descampado onde circos e parques de diversões se instalavam, o quartel fronteiro usava o local para o treinamento dos recrutas. Exposições feiras usaram o local nas décadas de 1930 e 1940. Missas campais e um Congresso Eucarístico utilizaram a velha praça curitibana.

Entre as asneiras introduzidas na Internet consta que a Praça Rui Barbosa foi inaugurada em 1973, portanto a inauguração do Ney Braga em 1955 não valeu e sim a feita quando Jayme Lerner era prefeito. Na Wikipédia, a enciclopédia livre, também na Internet, consta que o terreno era um descampado onde o 15º Batalhão de Cavalaria fazia manobras e instruções. Outro chute. O Quartel do Exercito que ali ficou sediado por muitos anos era o 15º Batalhão de Caçadores, unidade de infantaria muito respeitada pelos curitibanos de então.

As velhas praças curitibanas tem suas histórias para serem contadas com seriedade, algumas foram reformadas durante a existência, como a Praça Osorio que foi urbanizada pela primeira vez pelo prefeito Luiz Xavier em 1905 e reformada por Candido de Abreu em 1914. A Praça Tiradentes passou por uma serie grande de transformações que ajudaram a incrustar lendas dentro de sua história, como é o caso do cemitério de índios, ou então, a descoberta recente do que se supunha serem caminhos calçados com pedras irregulares e que de fato não passavam de sarjetas para conduzir as aguas pluviais no inicio do século passado.

Para ilustrar a Nostalgia deste domingo mostramos aspectos e detalhes de sete velhas praças curitibanas.