Liminar que mantinha Delazari afastado do MP é cassada

A liminar que garantia ao promotor de justiça e secretário de Segurança Pública Luiz Fernando Delazari manter-se afastado do Ministério Público por dois anos foi indeferida pelos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná.

A liminar foi concedida no dia 23 de fevereiro pela desembargadora Regina Afonso Portes e negada por maioria nesta sexta-feira. Leia reportagem completa

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Delazari ganha tempo com pedido de vistas no TJ

O pedido do desembargador Ruy Fernando de Oliveira de vistas do processo prorrogou para 4 de maio a decisão sobre o afastamento do promotor e secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, do Ministério Público do Paraná.

O pedido de vistas foi feito na manhã desta sexta-feira (20) durante a sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná.Leia reportagem completa

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou na tarde desta segunda-feira (9) o mandado de segurança ao secretário estadual de Segurança Pública e promotor de Justiça, Luiz Fernando Delazari. Com essa decisão do ministro Celso de Mello, segundo a assessoria do órgão, Delazari terá de escolher se abandona a carreira no Ministério Público Estadual (MP) ou se sai do governo.

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Segundo o STF, Delazari pode ainda tentar um recurso, uma vez que a decisão foi monocrática, ou seja, dada por um ministro. Nesse caso, ele teria de entrar com um agravo regimental e o caso seria julgado em agosto pelo pleno do STF. Mas até lá, de acordo com a assessoria da instituição, o promotor terá de se afastar do cargo de secretário de estado.

A posição adotada pelo STF, segundo o órgão, foi uma espécie de ratificação da decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que no fim do mês de maio determinou que Delazari se afastasse da Secretaria. O processo foi arquivado no CNMP.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Delazari, Guilherme Gonçalves, mas foi informada de que ele estava em viagem para um local onde o celular não funciona. Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto.

Luiz Fernando Delazari vem tentando acumular as duas funções desde o início do ano. Por determinação do Conselho, seguindo o que determina a Constituição Federal, um promotor de Justiça não pode exercer cargos no Executivo. Delazari tentou em todas as instâncias administrativas e jurídicas permanecer nas atividades. Há, inclusive, um processo disciplinar contra ele no MP. Em todo o Brasil ele é o único que ainda luta para acumular as duas funções - outros sete promotores em situação semelhante optaram por uma das funções.

Delazari recorreu da decisão do CNMP, pediu uma licença ao MP, que foi negada pelo procurador-geral de Justiça do estado, Mílton Riquelme de Macedo. Foi ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) para obter a licença e a conseguiu. O MP recorreu e Delazari teve a licença cassada. A última tentativa do promotor e secretário foi o STF.

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Assessores do secretário estadual de Segurança vêm afirmando que Delazari está disposto a abandonar a profissão de promotor de Justiça e terminar o mandato de Roberto Requião (PMDB) no cargo governamental. Caso isso ocorra, ele estaria abrindo mão de uma carreira vitalícia, com um salário mensal de cerca de R$ 14 mil, para receber, por mais três anos e meio, R$ 11,9 mil por mês no cargo comissionado.

Delazari defende que iniciou um trabalho na segurança do estado e teria de terminá-lo. Já na possibilidade de ele optar por retornar ao MP, há governistas que acreditam que o governador, assim como fez em 2003, quando assumiu o estado, fique novamente como secretário da área até escolher um substituto.