Com ameaça de greve, governo aumenta gratificação de agentes penitenciários

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Em uma reunião realizada na tarde desta terça-feira (11), o governo do Paraná garantiu que irá aumentar em 23,37% o Adicional de Atividade Penitenciária (APP) dos agentes penitenciários do estado. O adicional é uma gratificação recebida pelos trabalhadores devido aos riscos da profissão. A aprovação do aumento ocorreu depois de o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) sinalizar um indicativo de greve nesta semana.

Por meio da Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do Executivo, o governo informou que o reajuste relativo aos meses de janeiro e fevereiro será de 6% em cada um dos meses. O pagamento ocorrerá ainda em fevereiro. Já em março, quando será paga a última parcela do APP, a elevação será de 9,8%.

De acordo com o governo, o valor do adicional passará dos R$ 2.547,67 para R$ 3.143,09. Ao todo, o salário total dos agentes chegará a R$ 4.395,50.

Participaram da reunião que definiu o reajuste a Secretaria Estadual da Administração e Previdência (Seap) e a Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (Seju).

Apesar do acordo entre as partes, o Sindarpens informou que realizará na manhã desta quarta-feira (12) uma assembleia geral para decidir se a categoria acatará a decisão ou se manterá o indicativo de greve.

Além do valor de 23,37% sobre o adicional, o sindicato pedia o retorno do pagamento do quinquênio sobre o valor do salário e dos adicionais -- hoje, o reajuste ocorre apenas sobre o salário base. Entretanto, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) afirmou ao Sindarspen que é contrária à exigência e não concederá o benefício.

Segurança nos presídios

De acordo com o presidente do sindicato, José Roberto Neves, além dos assuntos referentes aos vencimentos dos trabalhadores, a questão da segurança dos profissionais será debatida na assembleia.

Na noite da última segunda-feira, em uma rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara 2 (PEP2) um agente penitenciário foi mantido refém por mais de cinco horas. "Vamos continuar cobrando mais segurança dentro dos presídios e a contratação de mais agentes, para evitar o que vem acontecendo pelo estado."