Exame
Formados no exterior dizem pretender fazer Revalida
Um ponto que faz governo e classe médica baterem de frente é a falta de um teste mais amplo que avalie os conhecimentos dos médicos estrangeiros que estão entrando no programa Mais Médicos. Para atuar no Brasil fora do Mais Médicos é preciso que o profissional faça um exame de revalidação do diploma, o Revalida.
Formados na mesma instituição a Fundação Hector A. Barcelo, que fica na cidade argentina de Santo Tomé, na fronteira com o município gaúcho de São Borja os médicos Sérgio López e André Marcomini dizem que pretendem fazer o teste para, ao fim dos três anos do programa, poderem continuar atuando no Brasil. "Perdi a prova neste ano porque a passagem para ir ao Rio de Janeiro estava marcada para o domingo em que foi realizado o teste", conta López.
O médico venezuelano Juan Carlos Sanguino, por sua vez, ainda não tem certeza se fará a prova para fixar residência no Brasil. "Se os médicos querem ficar, têm que fazer o Revalida. Mas ainda é cedo para eu tomar uma decisão. Em três anos, eu terei uma resposta".
Sanguino atuará em Piraquara. Ele aproveitou a semana para conhecer a unidade onde vai trabalhar. "Trabalhei por dois anos na Venezuela. Seis meses na unidade básica de saúde e um ano e meio em um hospital. Para mim, o programa é uma oportunidade de fazer uma especialização em saúde básica e conhecer melhor outra língua", diz o médico.
Pelo menos 20 médicos formados no exterior e que vão trabalhar em municípios paranaenses dentro do programa Mais Médicos devem começar a atuar a partir da semana que vem. Inicialmente, os profissionais deveriam ter começado a trabalhar na segunda-feira passada, mas como não obtiveram os registros provisórios a tempo, ficaram impossibilitados de iniciar as atividades. Nesta semana, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) liberou oito registros e até segunda-feira devem ser liberados outros 12.
Durante a semana de espera, os médicos aproveitaram o tempo para conhecer mais o sistema de saúde das cidades em que vão trabalhar e organizar aspectos práticos da vida pessoal, como aluguel de casa e mudança. Foi isso que fizeram os médicos André Marcomini e Sérgio Lopez. Os dois, que vão trabalhar em unidades de saúde de Pinhais, se formaram na mesma instituição de ensino na argentina e passaram a última semana em busca de uma residência para alugar. "Por enquanto, estamos procurando uma casa. Mas é chato ficar nessa situação, porque esperávamos chegar e já trabalhar", comenta Marcomini, que é brasileiro e se formou no exterior. Segundo ele, toda a documentação solicitada pela medida provisória (MP) do Mais Médicos foi entregue à coordenação do programa já na semana de acolhimento dos intercambistas, no Rio de Janeiro.
A demora para a entrega dos registros provisórios dos médicos formados no exterior gerou um mal estar entre governo e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Na quarta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a solicitar à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigasse as condutas dos CRMs que extrapolassem o prazo de 15 dias previsto na MP para conceder os registros. Os CRMs, porém, afirmam que o Ministério da Saúde é que se atrasou para enviar a solicitação do documento. No CRM-PR, por exemplo, até o início desta semana ainda não havia chegado o pedido de registro de seis dos 30 médicos que vão atuar no programa.
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