O comando nacional de greve do servidores da Previdência Social aprovou na noite desta quinta-feira (24) a suspensão da greve da categoria, que completou 80 dias. No Paraná, assembleia na tarde desta sexta-feira (25) acatou a decisão nacional, por maioria. A posição volta para Brasília, onde ocorre uma reunião com representantes do país todo, na tarde desta sexta, em Brasília.
A previsão é de que o comando nacional referende o fim da greve. Um termo deve ser assinado com o governo federal entre esta segunda (28) e terça-feira (29), segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho Previdência Social e Ação Social do Paraná (Sindprevs) Nelson Malinowski. As agências do INSS no estado devem reabrir entre segunda e quarta-feira (30).
Londrina, por exemplo, optou por abrir na terça. Já a gerência de Curitiba deve esperar a assinatura do acordo entre grevistas e governo. Isto porque a região é uma das mais atingidas pela falta de funcionários, segundo Malinowski, por ser responsável por 40% dos atendimentos de toda a região Sul.
Médicos peritos seguem em greve
Os médicos peritos que atuam nas agência da Previdência Social no Paraná também continuam em greve. Até a quarta-feira (23), segundo a porta-voz do movimento grevista em Curitiba, Keti Datsis, nenhum órgão do governo federal recebeu a categoria para discutir o fim da paralisação.
“Já mandamos 11 ofícios e não tivemos nenhuma resposta do Ministério da Previdência ou do Planejamento. Nós queremos voltar ao trabalho o quanto antes. Esperamos que esse governo tenha alguma atitude”, afirma Keti.
A categoria está em greve desde o dia 4 de setembro. Os peritos reivindicam reajuste salarial de acordo com a inflação, melhores condições de trabalho e contratação de mais profissionais.
O Sindprevs estima que desde o início da paralisação, que tem cerca de 90% de adesão dos servidores, 200 mil pessoas tenham deixado de ser atendidas em todo o Paraná. Procurado, o Ministério da Previdência Social disse que não tem informações regionais sobre o impacto da greve nos atendimentos.
O sindicato garante que uma força-tarefa deve ser formada para dar conta dos atendimentos que deixaram de ser feitos nestes 81 dias de greve, contando esta quinta-feira. A organização destas remarcações será definida por cada gerência regional, com a retomada do serviço.
Nova proposta
Os funcionários aceitaram a proposta de reajuste de 10,8%, sendo a primeira parcela de 5,5%, em 1.º de agosto de 2016, e a segunda de 5%, em 1.º de janeiro de 2017. O acordo com o governo prevê a devolução dos valores descontados dos servidores durante a greve.
A reposição dos trabalhos que deixaram de ser feitos durante a paralisação será feita na jornada normal dos servidores. A primeira proposta apresentada pelo governo impunha a reposição fora do horário normal e com jornada estendida.
No Paraná, conforme Malinowski, na retomada dos trabalhos os servidores deverão dar prioridade a serviços como licença maternidade, pensão por morte e aposentadoria de pessoas desempregadas. Eles devem trabalhar em mutirão para que boa parte das pendências possa ser resolvida até dezembro. De acordo com o Sindprevs, pedidos para dar entrada em processos de aposentadoria só devem reagendados para 2016.
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