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O crescente número de assaltos violentos que vêm ocorrendo nas marginais da BR-476 (antiga BR-116), na região da Vila Fanny, em Curitiba, está preocupando os comerciantes. Na região estão concentrados os principais estabelecimentos atacadistas de produtos R$ 1,99 da capital, alvo das quadrilhas.

Há 15 anos com um negócio na região, a comerciante Rosa Marçal sempre contou com o apoio de vigilantes para inibir ações criminosas, mas não para impedir assaltos.

No sábado passado, por volta das 12 horas, outro empresário da região, Dirceu Salla, foi agredido com coronhadas na cabeça. Essa foi a terceira vez, neste ano, que sua loja foi assaltada pela mesma quadrilha. De acordo com o empresário, essas ações prejudicam o comércio e diminuem a clientela. Ele não quis divulgar o tamanho do prejuízo que já teve. "O dinheiro a gente consegue recuperar, o trauma que fica é pior", afirma.

Outros segmentos também são alvos dos bandidos. Uma indústria de equipamentos hospitalares da região já foi invadida cinco vezes neste ano. O prejuízo estimado já chega a R$ 40 mil. Outro empresário, do ramo de transportes, revela que, durante à noite, os bandidos também invadem os estabelecimentos para roubar fiação elétrica. Moradores do bairro também não escapam da violência das quadrilhas.

Com o objetivo de aumentar o efetivo policial na região, os comerciantes organizam um ofício com a assinatura de todos os empresários do bairro. De acordo com o comandante do Projeto Povo na Vila Fanny, aspirante Cléverson Faustino da Silva, a região é difícil de ser patrulhada devido ao fato de estar na divisa com a favela do Parolin e por ser um local de passagem, podendo os assaltantes virem de várias regiões e fugirem com facilidade pela BR-476. No entanto, Faustino promete intensificar o patrulhamento no bairro para minimizar a ação das quadrilhas.

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