Pedágio preocupa comerciantes
O reajuste do valor do pedágio nas rodovias paranaenses está preocupando os comerciantes do litoral. A Associação dos Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas, Prestadores de Serviços e Similares do Litoral Paranaense (Assindilitoral) vai pedir à Concessionária Ecovia que congele o aumento até fevereiro de 2009.
O valor atual da tarifa é de R$ 11,40 para automóveis. Os comerciantes alegam que, com os novos trechos pedagiados na divisa entre o Paraná e Santa Catarina, o movimento de veranistas vai cair.
Os usuários já podem se preparar para mais gastos com o pedágio nas estradas paranaenses. As concessionárias começaram a entregar, na quinta-feira (13), ao Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR), as propostas com o índice de reajuste anual das tarifas. O órgão deve apresentar seu parecer em até cinco dias.
O valor ainda não foi divulgado, mas já tem data para começar a vigorar. A previsão é que as novas tarifas estejam em vigor no dia 1º de dezembro. O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias secção Paraná (ABCR), João Chiminazzo Neto, em entrevista a rádio CBN, afirmou que só depois que o DER se pronunciar é que será divulgado o valor de reajuste proposto pelas concessionárias. "Os calculos já foram feitos, mas nós não podemos, antes do prazo regulamentar que o contrato exige, estar nos manifestando", disse.
A assessoria de imprensa do DER informou, também, que só depois de analisadas as propostas de todas as concessionárias é que vai comentar o assunto.
Caso o DER não aceite o aumento proposto pelas empresas, como nos anos anteriores, a ABCR deve recorrer a Justiça para garantir o reajuste.
Em todos os anos da gestão do governador Roberto Requião (PMDB) o estado recusou o índice proposto pelas empresas de pedágio. E, desde então, as concessionárias conseguem na Justiça liminares autorizando o aumento.
O aumento é feito anualmente e as concessionárias chegam ao valor tomando como base índices divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre eles o Índice Geral de Preço de Mercado (IGPM) e o Índice Nacional da Construção. Esses valores são aplicados em uma fórmula paramétrica, prevista no contrato de concessão, que gera o reajuste.
Novas praças
Até o final do ano, estradas que cortam o estado vão ganhar mais quatro praças de pedágio. A cobrança será feita pela OHL Brasil, empresa espanhola que administrará pedágios de São Paulo à divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com a implantação das novas praças, os motoristas não terão alternativa para chegar até o litoral paranaense sem pagar a taxa.
Os novos trechos pedagiados estão divididos em três. Na Régis Bittencourt, trecho da BR-116 entre São Paulo e Curitiba, serão seis praças com o pedágio de R$ 1,36. No trecho entre a capital paranaense e Palhoção, em Santa catarina, serão cinco praças com a cobrança de R$ 1,10. Já entre Curitiba e a divisa dos estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul serão cinco praças com a cobrança de R$ 2,54. Os valores devem ser corrigidos com o IPCA (índice que mede a inflação).
No Paraná, serão construídas quatro praças: em Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande e Rio Negro, todas na BR-116, e em Campo Largo da Roseira, na BR-376.
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