O caso do presidente do Senado, Renan Calheiros, deve ser discutido no Conselho de Ética na próxima quarta-feira. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), havia marcado anteontem uma sessão na próxima quarta para instalar o conselho, que está desativado desde fevereiro.

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"Foi uma bruta coincidência", disse o senador Jefferson Péres (PDT-AM), referindo-se ao escândalo que veio à tona na sexta. Segundo reportagem da revista Veja, um lobista da empreiteira Mendes Júnior custeava despesas do senador. Péres afirmou que será inevitável discutir o assunto. "Falta esclarecer se ele usou ou não o Cláudio Gontijo [lobista] como intermediário", disse.

Para abrir um processo contra um senador no Conselho de Ética é necessário que um partido ou a Mesa Diretora do Senado apresentem representação.

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A bancada do PMDB no Senado marcou reunião também na quarta para tratar das denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Uma ala do partido já defende que o caso seja levado ao Conselho Nacional, instância máxima da sigla.

A revista Veja publicou neste fim de semana uma reportagem em que acusa Calheiros de ter algumas de suas despesas pessoais financiadas pela Mendes Júnior. Entre elas, o aluguel de um apartamento em Brasília e a pensão de uma menina de 3 anos que seria filha do presidente do Senado com uma jornalista. O valor dessas despesas chegaria a R$ 16,5 mil mensais.