A greve do transporte coletivo de Curitiba atingiu diretamente aqueles que precisavam ir até as unidades de pronto atendimento (Upas) 24 horas do município.
Nesta segunda-feira (26), dia em que é comum encontrar as unidades lotadas, o movimento de pacientes foi muito menor. "A greve atingiu muito quem precisou de médico hoje", disse a funcionária da Upa Fazendinha, que conversou com a reportagem sob a condição de anonimato.
Nesta unidade, que fica bem ao lado do terminal da Fazendinha, é comum ter um alto fluxo de pacientes. Durante a visita da reportagem da Gazeta do Povo ao local, havia quatro pessoas aguardando avaliações, uma criança sendo atendida e outras quatro que haviam sido já atendidas.
Na unidade do Boa Vista, o dia foi tranquilo. "Estive lá hoje pela manhã estava vazia", comentou uma paciente. A reportagem constatou que o movimento era também vazio, mas não conseguiu o número de atendimentos feitos.
Já na UPA Campo Comprido, o número de pessoas aguardando caiu de 50 em dias comuns para 11 na tarde desta segunda-feira. "Hoje de manhã foi normal, mas agora à tarde caiu bastante", comentou uma médica da UPA Campo Comprido, que preferiu não ter o nome revelado.
A reportagem visitou ainda os dois maiores hospitais de atendimento de emergência, o Cajuru e o Trabalhador, mas o atendimento estava normal. O primeiro registrou algumas faltas de enfermeiros, mas montou esquema de transporte especial e conseguiu manter o atendimento sem prejuízos. Aviso
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que perderam consultas previamente agendadas em razão da greve podem entrar em contato com a equipe do local onde seria realizado o atendimento para remarcação.
Segundo a prefeitura, em casos de não comparecimento a consultas com especialistas, a orientação da Secretaria Municipal da Saúde é para que os pacientes aguardem o contato do prestador de serviço que irá solicitar o reagendamento do atendimento. Outro possível canal de comunicação é a Ouvidoria do SUS Curitiba, por meio do telefone 0800 644 0041.