O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Roberto Gregorio, acusa o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), representante dos motoristas e cobradores em greve desde o início da manhã dessa segunda-feira (26), de práticas abusivas e ilegais."Temos informações de que pneus de ônibus foram furados, que foram feitos bloqueios nas saídas das garagens, caracterizando medidas abusivas e ilegais. Além disso, o Sindimoc está desrespeitando uma decisão judicial amplamente divulgada e o povo, que fica refém das ações do sindicato", disse.
No sábado (24), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) determinou a manutenção de frota mínima de 70% dos ônibus nas ruas durante os horários de pico (entre 5 e 9 horas e 17 e 20 horas) e de 50% da frota nos demais horários. A liminar da Justiça do Trabalho também estabelece multa diária no valor de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Apesar disso, a determinação judicial não foi cumprida pelo Sindimoc e Curitiba amanheceu sem ônibus nas ruas. O sindicato alega não ter sido notificado da decisão.
"Não recebemos a notificação. Além disso, não fomos procurados pela Urbs, pela prefeitura ou pelo governo do estado para tentar solucionar o problema dos atrasos nos salários e do fim da assistência médica dos motoristas e cobradores. Sendo assim, a paralisação será mantida por tempo indeterminado", informou o Sindimoc por meio de assessoria de imprensa. O sindicato disse ainda não ter recebido a informação sobre os ônibus com pneus furados e os bloqueios nas saídas das garagens.
Uma audiência de conciliação está agendada para a tarde de hoje, às 17 horas, no TRT.