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A morte de Deiviti revoltou os familiares: o rapaz não tinha antecedentes criminais e era comportado | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A morte de Deiviti revoltou os familiares: o rapaz não tinha antecedentes criminais e era comportado| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

São Paulo – A entrega antes do tempo das obras da pista principal do Aeroporto de Congonhas pode ter contribuído para o acidente com o Airbus A320 da TAM, segundo o consultor em aviação Gianfranco Betting. "A Infraero é culpada por este assassinato coletivo", afirmou. Para o especialista, a obra foi entregue incompleta. "Foi uma irresponsabilidade assassina."

A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) inaugurou a pista em 29 de junho sem fazer o "grooving", procedimento que coloca ranhuras no solo para melhorar o escoamento da água e evitar derrapagens dos aviões.

Apesar de não serem obrigatórias, as ranhuras normalmente são feitas para dar mais segurança nos pousos. "Principalmente em aeroportos com pista curta, como Congonhas, o grooving é imprescindível", diz Betting. O fato de Congonhas ser cercado de prédios – como o da companhia aérea TAM, atingido no acidente – torna ainda mais crítica a situação do aeroporto paulista. "Não há espaço para qualquer erro", diz especialista.

Para Betting, a falta de ranhuras no solo pode ter causado uma aquaplanagem, quando o avião tentava arremeter (decolar novamente). O problema pode ter sido a causa também da derrapagem de um avião ATR 43 da Pantanal na segunda, 16, na pista principal de Congonhas.

Falhas

"Não pode ser coincidência dois aviões derraparem um atrás do outro", diz Betting. Se confirmada a falta de ranhuras na pista como causa do acidente, este será o primeiro acidente aéreo com vítimas fatais causado por falhas na infra-estrutura aeroportuária no Brasil.

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