Investigado pela Operação Águas Profundas, o estaleiro Mauá Jurong tem hoje em carteira alguns dos maiores contratos da Petrobrás. Apenas para a construção de quatro navios para a Transpetro, receberá R$ 630 milhões. A empresa trabalha ainda na conclusão das obras da plataforma P-54 com custo estimado em R$ 1 bilhão. A encomenda está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que suspeita de superfaturamento no projeto.
Os dois contratos receberam financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para os navios, o banco concedeu R$ 564,5 milhões; para a plataforma, US$ 272 milhões o equivalente a cerca de R$ 540 milhões. O Mauá Jurong participou ainda da construção das plataformas de produção de petróleo P-43, P-48 e P-50, todas para a estatal. Esta última foi eleita pela Petrobrás como símbolo da conquista da auto-suficiência na produção de petróleo.
Fundado no fim do século 19, o estaleiro é hoje controlado pelo empresário German Efromovich, que esteve à frente da Marítima Engenharia e Petróleo, que também atuava na construção naval e protagonizou intensos confrontos com a Petrobrás no início desta década. A relação das duas companhias é tema de uma série de investigações do Tribunal de Contas, que contestam desde a falta de licitações até o custo das obras.
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