Colegas da Guarda Municipal prestaram homenagens durante o sepultamento de Roni Fernandes de Freitas.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Foi enterrado na tarde deste sábado (11), no Cemitério do Abranches, o corpo do guarda municipal Roni Fernandes de Freitas – o sepultamento foi acompanhado por familiares, amigos e vários colegas da Guarda Municipal de Curitiba e de cidades da Região Metropolitana, e pela Polícia Civil. Vários batedores acompanharam o cortejo, que saiu da capela do Cemitério São Francisco, onde ocorreu o velório, até o local do enterro. A Guarda Municipal realizou uma homenagem durante a cerimônia, com três salvas de tiros.

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Roni, 50 anos, foi morto na tarde de sexta-feira (10). Ele foi baleado por um assaltante que roubou uma distribuidora de doces na rua André de Barros, no centro da cidade. O agente foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

“Ele era uma pessoa humana, que se colocava no lugar da outra. A morte dele foi uma perda muito grande pra gente, mas ainda maior para a sociedade”, disse o guarda municipal Levandoski. Bastante emocionado, o amigo participou na manhã de sexta de um curso com Roni – ele daria uma carona de volta para o colega na parte da tarde, quando iriam realizar um teste físico. “Ele era um exemplo, como profissional e como pessoa”, falou.

Conhecido por sua atuação na defesa pelos Direitos Humanos, Roni atuava dentro da Guarda Municipal – onde estava há seis anos – por políticas públicas que contemplassem o cidadão. “Era muito comprometido, um excelente profissional. A Guarda Municipal está em luto”, disse o inspetor Stempinhaki, que era chefe de Roni.

Freitas – que não se casou nem teve filhos – morava com a mãe, Iraci, e com o irmão, Ronaldo, que é tetraplégico, no Barreirinha. Emocionados, os parentes falaram sobre o quanto o guarda gostava da profissão. “Ele adorava o serviço, a farda que era a arma dele. Me dava muito conselho. Uma pessoa muito querida, gostava sempre de levar a gente pra fazer coisas diferentes”, contou o sobrinho Henry Fernandes de Freitas, de 24 anos.

“Lugar errado”

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O comentário entre os colegas é que Roni foi morto por estar “no lugar e na hora errada”: logo após assaltar a distribuidora de doces, o assaltante fugiu e se deparou com o guarda, que estava voltando do almoço e não sabia do crime. “O assaltante deve ter achado que ele estava ali para atender alguma ocorrência e atirou. Mesmo caído, o Roni conseguiu fazer três disparos”, relatou Stempinhaki. Segundo ele, tanto a Guarda Municipal como a Polícia Civil estão empenhadas em solucionar o caso (que está sendo investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos) o “mais rápido possível”. “É uma questão de tempo.”

O suspeito do crime ainda não foi identificado, e outras duas pessoas suspeitas são procuradas.

A Guarda Municipal pede que informações que ajudem na identificação devem ser repassadas pelo telefone 153.