O corpo da artista plástica Irene Rolek, a artista plástica morta por espancamento em sua própria casa em Curitiba, foi velado e sepultado no Cemitério do Água Verde nesta sexta-feira (8). Cerca de 15 amigos e parentes estiveram na cerimônia por volta das 16h.
Apesar do rito, a forma em que Irene faleceu não foi esquecida. "Não tenho palavras para descrever esse ato de selvageria. Nem animais de floresta agem com tamanha violência", declarou a artista plástica que incentivou Irene a pintar, Sofia Dyminski, 89 anos. A polícia estima que dois ou três bandidos invadiram a casa de Irene e Sophia Rolek. Os criminosos espancaram as duas idosas, de 87 e 86, respectivamente.
Sofia e Irene foram companheiras de classe na Faculdade de Belas artes. Entre os professores da dupla estava Guido Viaro. A influência de Viaro nas obras de Irene é notável pelos críticos e estudiosos.
"A que ponto chega a covardia. Que defesa tem uma senhora de mais de 80 anos?", questionou a sobrinha Salete Paul, que seguiu a profissão de farmacêutica inspirada pelas colegas de diploma Irene e Sophia.
"Quem fez isso [o assassinato] tirou uma grande mulher da vida", lamentou uma amiga que conhecia Irene há mais de 20 anos, mas que por timidez prefere não se identificar. O corpo de Irene Rolek foi sepultado no jazigo da família.
Boletim médico
Informações do Hospital Evangélico dão conta que Sophia Rolek, a outra vítima da violência que matou Irene, tem quadro clínico estável. Ela está sob efeito de sedativos e acompanhamento psicológico.
"Sophia estava bem agitada hoje, queria ir ao enterro da Irene. Mas os médicos disseram que ela não tinha condições", conta Henrieta Arruda, prima de Sophia. Na próxima segunda-feira (11) a paciente passará por novos exames e, dependendo dos resultados, Sophia poderá receber alta.
Entenda o caso
Na madrugada da quarta-feira (6), dois ou três bandidos subiram no teto da casa das irmãs Sophia e Irene, localizada na Rua Ermelino de Leão, bairro São Francisco. O forro de madeira cedeu. Os bandidos caíram no quarto das irmãs.
A polícia suspeita que eles foram reconhecidos e, por isso, partiram para a agressão física. Após uma série de buscas nas imediações, a polícia encontrou um revólver calibre .38 e um tênis no pátio vizinho. O par do calçado foi encontrado no Largo da Ordem.
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