Mistério ainda cerca o assassinato de uma idosa em Curitiba
- RPC TV
A pedido da polícia, as primas da artista plástica, 87 anos, morta por ladrões na quarta-feira (6), fizeram uma lista com pessoas estranhas que estiveram na casa, no bairro São Francisco, em Curitiba, nos últimos dias. A polícia acredita que os bandidos cometeram o homicídio ao serem reconhecidos, mas as irmãs tinham poucos familiares. Segundo Henrieta Arruda, prima da vítima, vários prestadores de serviços teriam entrado na residência recentemente para realizarem reparos.
Além de um encanador autônomo, recentemente foram providenciados consertos na linha telefônica e no sistema elétrico, mas esses eram funcionários identificados de grandes empresas que fornecem o serviço na capital paranaense.
Na madrugada da quarta-feira (6), dois ou três bandidos teriam tentado furtar a casa das aposentadas Sophia e Irene Rolek, 86 e 87 anos, respectivamente. Porém, de acordo com a principal hipótese da polícia, o teto cedeu ao peso dos bandidos, que caíram no quarto das irmãs. Assustadas, elas gritaram e poderiam ter reconhecido o bandido.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos que escutaram os gritos das vítimas, mas ao chegar não encontrou os bandidos. A Delegacia de Explosivos, Armas e Munições, da Polícia Civil, fica a poucas quadras da casa.
A Delegacia de Furtos e Roubos investiga o caso. Foi encontrado no pátio vizinho ao da casa das idosas um revólver calibre .38 e um tênis -ambos encaminhados ao Instituto de Criminalística.
Irene morreu espancada pelos ladrões. Sophia foi levada ao pronto socorro do Hospital Evangélico, onde os médicos constataram que os golpes se concentraram no rosto e no pescoço. De acordo com Henrieta, que acompanha a prima no hospital, a recuperação de Sophia é boa. Ela passou por uma traqueostomia -procedimento cirúrgico na área do pescoço- para facilitar as dificuldade respiratórias que a vítima apresentou na tarde de quarta-feira.
"Aos poucos a memória dela [Sophia] está voltando. Ela lembra de ter tentado tirar as mãos de quem a estava esganando, mas que chance tem uma senhora de mais de 80 anos? Eu não quero pressionar muito. Ela chora ao lembrar", diz Henrieta.
Enterro
Halina Paul, irmã de Henrieta, providenciou na quarta-feira os cuidados com o enterro de Irene. Mas como os sobrenomes são diferentes, o Instituto Médico Legal não quis liberar. "Agora quero conseguir uma procuração para ver se eu consigo preparar tudo", conta Alhina. Segundo Halina, o enterro será no Cemitério Água Verde, na sexta-feira (8), às 16h30, onde a família tem um jazigo.
Irene Rolek era farmacêutica aposentada e artista plástica. Trabalhava com pinturas e xilogravuras. Críticos de arte consideram que o trabalho dela teve influências do artista paranaense Guido Viaro.
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