O corpo de Thiago Guimarães Dingo, de 24 anos, um dos dois jovens mortos por policiais militares ao serem confundidos com criminosos, foi enterrado na manhã deste sábado (31) no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio. Mototaxistas, colegas de profissão de Dingo, realizaram um protesto contra a PM no local.

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Os gritos de amigos e familiares pediam “Justiça”, e uma faixa trazia a frase “Macaco não é arma, mototaxista não é bandido”, em referência ao macaco hidráulico que ele e Jorge Lucas Martins Paes, de 17 anos, carregavam na moto. A ferramenta, usada para trocar pneus, foi confundida com uma arma, despertando a ação dos PMs.

Sargento admite erro em atirar e matar dois jovens em moto no Rio

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Paes foi sepultado na sexta (30), também sob clima de revolta entre familiares. PMs que estavam em frente à capela no Cemitério de Inhaúma foram hostilizados e taxados de “assassinos”.

Os jovens foram mortos no fim da tarde de quinta-feira (29) na Pavuna, zona norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, por volta das 17 horas a Kombi de um amigo dos dois teve um problema, e Dingo recebeu o pedido para que levasse o macaco até ele para efetuar o conserto.

Dingo pediu que Paes o acompanhasse na motocicleta. Era o mais novo que carregava o equipamento quando a dupla cruzou com uma blitz do 41º Batalhão da PM na Rua Doutor José Thomas. O sargento confundiu o macaco com uma arma e disparou um tiro de fuzil.

A bala atingiu Paes, atravessou seu corpo e feriu o amigo, que perdeu o controle da moto e bateu contra um muro. Em depoimento, o sargento admitiu o erro. A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio investiga o caso.

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