Depois de mais de seis horas, o corpo de uma mulher de 75 anos, vítima de morte natural em Curitiba nesta terça-feira (23), ainda não havia sido recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML). O óbito dela foi registrado por volta do meio-dia e os familiares contataram o IML cerca de duas horas depois, no entanto, até as 20h, os parentes ainda aguardavam os funcionários do IML na residência em que a idosa morava, na Vila Oficinas, no bairro Cajuru.
Os familiares da mulher entraram em contato com a Gazeta do Povo para reclamar da demora. "Ligamos para o IML no começo da tarde e eles ainda não apareceram. Disseram para a gente que o motorista estava ocupado com o recolhimento de outros corpos na cidade", diz o sobrinho da vítima, Álvaro Martins. "Sei que eles têm trabalho, mas não é para demorar tanto", relata.
A reportagem procurou o IML para tratar do assunto e foi informada que o corpo ainda não havia sido recolhido, pois as duas viaturas do órgão estavam atendendo outros locais de morte. Segundo o IML, as vítimas de mortes violentas são priorizadas, o que poderia explicar a demora no recolhimento do corpo da mulher de 75 anos.
Recorrente
De acordo com os relatórios divulgados diariamente pelo IML, os corpos costumam dar entrada no instituto cerca de duas a três horas depois que a morte é registrada. Porém, em alguns casos, a espera é maior.
No início do mês, no dia 4, Marcelo Gaspareto, de 38 anos, foi assassinado com mais de dez tiros em frente a uma estofaria no bairro Santa Felicidade. O crime ocorreu por volta das 13h30, mas o corpo permaneceu no local por um longo período. Moradores da região ficaram indignados com a demora. A vítima fatal acabou sendo recolhida pelo IML apenas depois das 20h. Na ocasião, funcionários do instituto declararam que a demora ocorreu por causa do elevado número de ocorrências na capital.
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