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O velório do cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, morto após ser atingido por um rojão durante um protesto no Rio, acontece nesta quinta-feira (13) no cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Andrade foi ferido no momento que cobria uma manifestação, ocorrida em 6 de fevereiro, contra o aumento da tarifa de ônibus. Os manifestantes Caio Silva de Souza e Fábio Raposo estão presos suspeitos de terem provocado a morte do cinegrafista. Na quarta-feira (11), em entrevista à Rede Globo, Souza admitiu que acendeu o rojão que atingiu a cabeça do cinegrafista. Ele disse, no entanto, que não tinha intenção de matar ninguém.
Muitas coroas de flores, boa parte delas enviada por emissoras de TV e associações de classe, estão distribuídas pela entrada da capela. A partir das 11h, a cerimônia será fechada para a família. O corpo de Santiago será cremado.
Santi, como era conhecido pelos colegas de profissão, faria dez anos de emissora neste ano.
Em julho, o cinegrafista participou do curso "Jornalismo em área de conflito", ministrado pelo CCOPAB (Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil), instituição do Exército.
Em seu depoimento de conclusão de curso, Santiago lembrou de outro colega cinegrafista da Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, morto em 2011 com um tiro de fuzil, durante confronto entre policiais e traficantes na favela de Antares, na zona oeste.
O cinegrafista participou da cobertura da Copa das Confederações e estava escalado para a Copa do Mundo.