A agência central dos Correios em Curitiba volta a funcionar no prédio histórico da empresa, na Rua XV de Novembro, no Centro, a partir na próxima segunda- feira (26). O “Correio velho” estava fechado desde 2013. Desde então a unidade funcionava em um imóvel alugado na rua Marechal Deodoro.
O prédio reabre parcialmente na segunda e passa a atender o público em um espaço de 700 m² no térreo com entrada pela rua Presidente Faria (atrás do tubo do biarticulado Santa Cândida-Capão Raso - a Estação Central). Neste fim de semana (de 23 a 25) cerca de 40 operários trabalham nos últimos detalhes antes da reinauguração. A reforma custou R$ 5,7 milhões.
“Algumas etapas já estão concluídas. Nossa principal preocupação foi preservar e restauras as características originais dos elementos arquitetônicos do prédio, tanto na fachada quanto no interior, e atender as novas normas de acessibilidade ”, explica o engenheiro civil Rodrigo Zaruvny Borges.
Construído em 1934, o edifício em estilo arquitetônico art déco teve a fachada tombada como patrimônio histórico do estado.
Espaço Cultural
A entrega final do prédio está programada para o mês de janeiro de 2016. Segundo o diretor regional dos Correios no Paraná, Areovaldo Figueiredo, o edifício reabrirá repaginado e com a proposta de além do serviço de correios ser um novo espaço cultural da cidade.
“A sociedade estava na expectativa da abertura do prédio tanto quanto nós da empresa. É um espaço nobre, dentro de um circuito cultural importante que inclui a Universidade Federal e o Teatro Guaíra e nós queremos ocupar todo o prédio com espaços culturais”, explica o diretor.
Segundo Figueiredo um café –“parecido com o que temos no Paço Municipal” – será instalado no térreo do edifício. No terceiro pavimento um espaço com quase 800 m² será estruturado para receber exposições e eventos culturais.
Ele conta que parte do espaço foi oferecido à Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para abrigar parte do acervo pessoal do poeta Paulo Leminski. O projeto está sendo estudado pela FCC .
Em 2011, chegou-se a cogitar que todo o prédio histórico se transformaria em um museu, mas o projeto foi interrompido após avaliação técnica constatar que o espaço não é adequado para abrigar um museu.