O Levantamento de Índice Rápido do Aedes (Lira) divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, no Norte do Paraná, mostra um aumento de 0,4 ponto percentual no índice de infestação do mosquito transmissor da dengue. De 0,1% registrado em setembro, o índice saltou agora para 0,5%. Este não é o maior número observado na cidade neste ano, mas as autoridades municipais envolvidas no combate ao Aedes aegypti prometem reforçar as ações, já que o aumento das chuvas e do calor favorece a proliferação dos focos do mosquito.
"Esperávamos esse índice aproximado em razão da mudança do clima. Mas se não conseguirmos estancar [o avanço dos focos da doença], haverá um aumento do número de casos", disse o diretor de Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde, Maurício Barros.O Lira foi realizado entre os dias 5 e 9 de novembro e foram inspecionados 8.237 imóveis, o que corresponde a 5% do total de imóveis da cidade. Durante o trabalho de campo, os agentes de controle de endemias da Secretaria Municipal de Saúde detectaram 38 focos do mosquito.
Feito a cada dois meses, o Lira permite identificar, além do índice de infestação do Aedes aegypti, os tipos de criadouro e direcionar as ações de combate aos focos da dengue. O levantamento apontou que 50% dos 38 focos da dengue encontrados estão em lixo acondicionado inadequadamente ao ar livre, como garrafas plásticas, latas e pneus. Em segundo lugar, com 23%, estão os vasos de plantas.
No Lira, a cidade é dividida em 18 estratos e, em dois deles, o índice de infestação do mosquito ficou acima do 1% preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No extrato 5, que compreende os jardins Bandeirantes, San Remo, Sumaré, Araxá, Bancários, Messiânico e Versalhes I, na zona oeste, o percentual foi de 1,4%. No extrato 2, que engloba os jardins Interlagos, Marabá, Santa Fé, Meton, Ideal, Parque das Indústrias Leves, Parque Waldemar Hauer, Vila Santa Terezinha e Residencial Ilha Bela, na zona leste, o índice ficou em 1,3%. Em quatro extratos, formados por bairros da zona sul, zona oeste, zona norte e centro, o índice foi zero. "Quando aumenta o Lira, automaticamente aumenta o número de casos e temos uma estrutura preparada para isso. As ações continuam intensas", declarou a diretora de Epidemiologia e Informações em Saúde da Secretaria de Saúde, Simone Narciso.
Desde o início do ano, a Secretaria Municipal de Saúde contabiliza 795 casos confirmados de dengue, sendo 742 autóctones e 53 importados. Ao todo, foram 2.710 notificações de suspeita de dengue, mas 222 ainda estão sob investigação.
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