Comércio no litoral: vendedores temem efeitos de crise econômica.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Quem desceu para as praias neste carnaval, pelo jeito, evitou botar a mão no bolso. Isso é o que dizem comerciantes do litoral, que culpam a crise econômica pelo resultado dos negócios – que eles estimam ter sido 60% menores do que no mesmo período de 2015.

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Economia

Para conter os gastos, o eletricista Luís Carlis Stoerdel, que passou o carnaval na praia, substituiu as refeições em restaurantes por churrascos improvisados com os amigos. “Dá para se divertir igual.”

E no comércio a lógica também precisou mudar. Para não ter prejuízo, o comerciante Marcos Rogério Veríssimo reduziu a margem de lucro para atrair a clientela. “Tem de baixar os preços, comprar menos coisas supérfluas”, diz.

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A expectativa para os próximos feriados também não é boa entre os comerciantes. “Este ano vai ser ruim o giro, muita gente sem emprego, sem dinheiro”, avalia o comerciante Marcos Rogério Veríssimo. “O Brasil continua em crise, então a expectativa não é muito boa”, diz a comerciante Regina Katiane.

Apesar do comércio fraco, a movimentação de turistas no litoral foi intensa. “Tinha bastante gente gastando pouco”, resume Veríssimo. O servidor público Jaime Novaes, que mora em Matinhos, disse que a movimentação foi a mesma do carnaval anterior. “A gente vê pelo trânsito, que estava igual ano passado”, diz.

Para o comerciante Neri Weiss, as vendas foram quase iguais ao ano passado. “Mas ano passado também não foi bom. Com a crise, o pessoal querendo economizar, eu já esperava que não seria melhor.”

Tempo

Quem trabalha no comércio de bebidas e alimentos teve um desempenho melhor neste carnaval em relação a 2015. O poto fora da curva é explicado pelos empresários pelas condições climáticas durante a folia. “Agora foi melhor, porque no ano passado choveu muito”, disse Guilherme Hernaski, dono de um quiosque de bebidas em Guaratuba. Para a Páscoa a expectativa dele é boa, mas tudo depende do tempo. “Tendo sol e calor deve dar movimento.”

A comerciante Gisiane Vieira trabalha em uma sorveteria e também diz não ter do que reclamar este ano. “O calor ajudou bastante, porque no ano passado choveu os quatro dias”, explica.

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