O caso do agropecuarista Geraldo Corrent, de Campo Mourão (Região Noroeste), é um exemplo clássico do estrago que a febre aftosa provocou em atividades alheias à bovinocultura de corte e leite. Antes do anúncio da suspeita e da posterior decretação do estado como foco da doença, ainda no ano passado, ele plantava soja, milho, feijão e aveia, mas tinha na suinocultura sua principal atividade.
Em média, 84% do faturamento estava na engorda de leitões. Corrent entregava de 1,5 mil a 1,6 mil porcos por ano, para uma receita bruta de R$ 300 mil. Outros R$ 60 mil ou 16% da receita vinham da soja. A produção de milho servia para alimentar os suínos. Ele colhia a leguminosa 30 dias antes de encerrar o ciclo, com umidade em torno de 30%, ponto ideal para fazer a silagem.
"Eu transformava o milho em carne. Era uma maneira de agregar valor à cultura e reduzir os gastos com os porcos", lembra Corrent. Um ano depois, o faturamento do sítio de 96 hectares caiu de R$ 360 mil para R$ 145 mil. Os importadores da União Européia, por exemplo, rejeitam carne com osso produzida no Brasil.
Antes ele trabalhava num sistema independente de engorda dos leitões e vendia, através da cooperativa, ao preço de mercado. Hoje o produtor virou um prestador de serviço e recebe de R$ 5 a R$ 6 por cabeça para criar os porcos para a cooperativa.
Corrent calcula que pelo novo sistema a rentabilidade com a suinocultura é de apenas 1/3 da renda obtida anteriormente.
Ele lamenta porque entende que está pagando uma conta que não é sua. "Nem mesmo a gestão eficiente da propriedade foi capaz de amenizar os efeitos da crise", afirma.
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