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Nostalgia

Curitiba & Obras

Prédio da prefeitura de Curitiba, construído pelo prefeito Cândido de Abreu e inaugurado em 1916 | Acervo Cid Destefani
Prédio da prefeitura de Curitiba, construído pelo prefeito Cândido de Abreu e inaugurado em 1916 (Foto: Acervo Cid Destefani)
Asfaltamento da Rua Barão do Rio Branco, na década de 1930. Moreira Garcez era o prefeito |

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Asfaltamento da Rua Barão do Rio Branco, na década de 1930. Moreira Garcez era o prefeito

Obras na Praça Tiradentes para a instalação da Estação de Bondes em 1934, Garcez na prefeitura |

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Obras na Praça Tiradentes para a instalação da Estação de Bondes em 1934, Garcez na prefeitura

Com a demolição da estação e a retirada dos bondes, parte da Praça Tiradentes foi alargada. Em 1952 |

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Com a demolição da estação e a retirada dos bondes, parte da Praça Tiradentes foi alargada. Em 1952

Alargamento e construção do canal do Rio Belém na Rua Mariano Torres, em 1942, durante a gestão do prefeito Rosaldo Melo Leitão |

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Alargamento e construção do canal do Rio Belém na Rua Mariano Torres, em 1942, durante a gestão do prefeito Rosaldo Melo Leitão

Avenida Manoel Ribas em 1954. Obras de asfaltamento, com Ney Braga na prefeitura de Curitiba |

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Avenida Manoel Ribas em 1954. Obras de asfaltamento, com Ney Braga na prefeitura de Curitiba

Caminhando, escorregando, tropeçando, assim vai o curitibano levando sua vida de pedestre pelas calçadas da cidade. Hoje a urbe mais parece uma daquelas localidades balneárias em época de temporada, quando o prefeito, para mostrar que está trabalhando, principalmente para os turistas, remexe em todos os locais mais frequentados pelo pessoal de fora.

A curiosidade leva a muitas perguntas, a mais frequente era relativa a como eram feitas as obras pelos antigos prefeitos de Curitiba. Podemos relacionar uma boa quantidade, entretanto ficamos com as mais destacadas.

Cândido de Abreu exerceu o cargo de prefeito entre 1912 e 1916. De suas obras mais importantes, temos a remodelação do Passeio Público, a construção das praças Carlos Gomes e Eufrásio Correia; assim como reformas na Tiradentes e Osório e a abertura de largas avenidas, como a Sete de Setembro e a Visconde de Guarapuava.

Rosaldo de Mello Leitão, carioca, foi prefeito de Curitiba no início da década de 1940, quando a cidade recebeu o projeto denominado Plano Agache, executado pelo urbanista francês Alfred Agache; e algumas das obras foram observadas, como a localização do Centro Cívico, uma década depois.

Ney Braga, primeiro prefeito eleito de Curitiba, administrou a cidade entre 1954 e 1958. Das obras importantes que realizou, podemos destacar a construção da Estação Rodoviária, hoje conhecida como Rodoviária Velha; alargou e asfaltou a Avenida República Argentina, a Avenida Manoel Ribas até Santa Felicidade, criou o Mercado Municipal em 1955, construiu a Praça Rui Barbosa, além de estruturar o transporte coletivo. Sua gestão foi uma das mais dinâmicas que a capital já teve.

Ivo Arzua, eleito em 1962, exerceu a prefeitura até 1967. Suas obras mais importantes se concentraram no alargamento das ruas Marechal Deodoro e Marechal Floriano e da própria Rua Quinze de Novembro. Criou o espaço exclusivo para uso dos pedestres na Travessa Oliveira Belo, entre a Praça Zacarias e a Avenida Luiz Xavier, cuja denominação original voltou na sua gestão. Criou ainda o Instituto de Planejamento Urbano.

Na história mais recente da administração de Curitiba, temos Jaime Lerner e Saul Raiz, cujas obras são por demais conhecidas e dispensam enumerações. No preciso momento, temos muitos problemas na cidade – sendo os mais graves os da segurança, da locomoção dos pedestres pelas calamitosas calçadas e pelo uso das mesmas indistintamente pelo comércio; ainda vemos a tentativa de dar maiores espaços para os automóveis.

Hoje as calçadas de Curitiba são uma vergonha, por elas trafegam de tudo: carrinheiros, carros elétricos de refrigerantes, bicicletas e até mesmo alguns afoitados motoqueiros, e o pedestre que se lixe. Fiscalização? Só na famosa indústria das multas. A prefeitura vem fazendo ouvidos moucos para tais reclamações, preocupada que está em mostrar serviços. Pois é, como diz aquele velho ditado: Marmelada na hora da morte...

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