Imagem de mãe e filho folheando álbum fotográfico da família Strobel. Foto de 1907| Foto: Arquivo Cid Destefani
Rua XV de Novembro, prolongamento (segundo alto). Abertura em 1941
Avenida Anita Garibaldi, asfaltamento em 1955
Avenida Iguaçu esquina com João Negrão, em 1949
Rua Augusto Stellfeld, no Bigorrilho, em 1945
Alargamento da Rua Barão do Serro Azul; ao fundo, a Praça 19 de Dezembro. Foto de 1941
Rua Mauá, ao lado do campo do Coritiba FC. Em 1947
Casa da Bomba para abastecimento de água aos bairros do Juvevê e Bacacheri. Ficava na Rua João Gualberto esquina com Rua Fontana. Foto de 1944
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Quem curte imagens antigas de aspectos físicos da cidade não tem ideia do que foi produzido no passado. Fotógrafos ambulantes circularam por aqui, a partir de meados de 1850, e dessa época não existem mais do que três ou quatro imagens.

Em 1881, o alemão Adolph Volk, vindo de Porto Alegre, se estabelece em Curitiba com estúdio fotográfico de alta técnica; produzindo, além de retratos de pessoas, vistas impressionantes da cidade, onde se destacam duas fotografias panorâmicas tiradas do Alto da Glória para o sul. Uma delas feita em dezembro de 1883 e a outra, dez anos depois, em 1893; as duas com a câmera postada no mesmo local, mostrando o progresso que a Estação Ferroviária trouxe para a cidade em apena uma década.

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Já na virada do século surgiam outros profissionais que se preocupavam em gravar aspectos da urbe. Aparece Annibal Requião, que exerceu, junto com trabalhos fotográficos, a função pioneira de cinegrafista. Assim, ele gravou uma vasta coleção de filmes sobre acontecimentos importantes da vida curitibana entre 1900 e 1920. Esse valioso acervo foi consumido em um incêndio ocorrido na Cinemateca de São Paulo, onde o material estava depositado para ser copiado.

A professora Julia Wanderley Petrich, até pouco antes de seu falecimento em 1918, colecionou mais de 4 mil postais com todos os tipos de acontecimentos ocorridos em Curitiba e no Paraná. Eram 15 álbuns, 14 deles pertenceram ao seu filho Julio e um, a pedido da mestra, foi entregue ao Dr. Victor do Amaral. Com o falecimento de Julio, a viúva dele entregou o que restava da coleção para o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, que por sua vez permitiu que os postais fossem reproduzidos pela Casa da Memória. Posteriormente foram roubadas algumas folhas desses álbuns do interior do Instituto Histórico.

Vários outros fotógrafos e cinegrafistas gravaram imagens da cidade e de acontecimentos cívicos e militares. A maioria desse material está desaparecida, e mesmo perdida. Entre os anos de 1920 e 1960, três fotógrafos se dedicaram a registrar aspectos da urbe curitibana. O primeiro, Arthur Wischral, trabalhou registrando imagens para o governo do estado e para a prefeitura. O segundo, Armin Henkel, especialista em postais, teve uma vasta produção ao largo de mais de trinta anos. E o terceiro, Domingos Foggiatto, foi fotógrafo do antigo Departamento Estadual de Imprensa e Divulgação do Paraná, também realizou ampla produção de fotos de todos os tipos de acontecimentos.

Desses três profissionais, boa parte das produções está a salvo. Somente os negativos de Armin Henkel foram destruídos para desocupar lugar na casa que lhe pertenceu. As chapas feitas por Wischral, em sua maioria, estão salvas. O acervo do Foggiatto está quase todo intacto e em perfeitas condições. Mesmo tendo um bom tanto salva, a memória fotográfica de Curitiba é fraca se considerarmos o que foi perdido, destruído ou simplesmente jogado no lixo.

Quem gosta de preservar as fotos do passado vibra ao pegar um álbum de família onde estão as imagens de pessoas que deste mundo já partiram; são fotos em preto branco, em sua maioria de alta qualidade, feita nos antigos estúdios fotográficos de Curitiba. Tais imagens têm a qualidade que hoje falta nas feitas atualmente; a maioria delas corre o risco de desaparecer com o tempo, pois as gravações digitais são incógnitas quanto a sua duração.

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A Nostalgia deste domingo apresenta oito fotografias antigas de Curitiba produzidas por Arthur Wischral.