Desde o dia 30 de julho, ou há 22 dias, os curitibanos não veem cair uma chuva relevante na capital. A falta de precipitação tem influenciado nos índices de umidade relativa do ar, que não passam dos 40% desde o início do mês. No dia 7 de agosto, a concentração de vapor no ar chegou a 28,6%, o índice mais baixo registrado em agosto.
Conforme a técnica em meteorologia do Instituto Tecnológico Simepar Vanessa D'ávila, o que causa maior alerta é a média baixa nos índices de umidade. "Não é nem tanto pelo valor, mas mais pela sequência de dias, já que desde o início do mês temos esse panorama de tempo seco", diz.
A análise meteorológica do tempo se reflete na maior procura nas unidades de saúde da capital de pessoas com a queixa de problemas de alergia ou respiratórios. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que entre a semana do dia 29 de julho a 4 de agosto, 15,9% das pessoas que procuraram atendimento médico alegavam algum tipo de problema respiratório. Já entre o dia 12 e 18 de agosto, o número subiu para 17,8%.
O Simepar ainda não prevê chuva, o que deve fazer o tempo seco se prolongar pelo menos até o final de semana. Vanessa diz que o tempo fica mais árido nos períodos mais quentes do dia, entre o meio dia e as 16 horas. E para complicar a vida dos curitibanos, este mês de agosto é o mais quente desde 1997, quando a temperatura começou a ser medida pelo instituto. A média mínima, nos últimos 10 dias, segundo o Simepar, é de 22ºC.
Para enfrentar a reta final do veranico prolongado e atípico para esta época do ano, a médica Claudete Closs, pediatra da Unidade de Saúde Mãe Curitibana, fornece algumas dicas. O principal grupo que sofre as consequências da pouca umidade são as crianças e os idosos. "As crianças estão em fase de crescimento e precisam de muita água para se hidratar, já os idosos não costumam sentir sede, por isso precisam criar o hábito de tomar no mínimo dois litros de água por dia", recomenda.