Dicas para os dias secos

- Para quem pratica a atividade física, a médica recomenda não perder de vista o horário. Entre o meio dia e as quatro da tarde é quando o tempo fica mais seco, por isso, procure se exercitar fora deste período.

- A hidratação é sempre fundamental, mas em tempos de baixa umidade precisa de mais atenção. A dica é tomar água, não outros produtos, como sucos ou refrigerantes. Há muito conservantes, como o sódio, nessas bebidas, que retém os líquidos no organismo.

- Manter os ambientes limpos e arejados, pois a umidade relativa do ar seca tudo. Se alguém for varrer uma casa, o pó levanta e chega ao nariz das crianças, idosos e faz mal até mesmo para adultos.

- Para quem não tem aparelhos de umidificação de ar, uma alternativa é deixar toalhas molhadas em cima de cadeiras. Baldes e bacias de água são indicadas, sempre tomando cuidado para não causar acidentes com crianças.

- Abrir o banheiro, depois do banho, para que o vapor se espalhe para outros lugares da casa, também pode ser uma boa medida na umidificação do ambiente.

- No caso de ter rinite, o uso do soro fisiológico nas narinas é recomendado.

- Andar com roupas leves e claras é sempre uma boa dica, porque elas não absorvem todo o calor do sol.

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Desde o dia 30 de julho, ou há 22 dias, os curitibanos não veem cair uma chuva relevante na capital. A falta de precipitação tem influenciado nos índices de umidade relativa do ar, que não passam dos 40% desde o início do mês. No dia 7 de agosto, a concentração de vapor no ar chegou a 28,6%, o índice mais baixo registrado em agosto.

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Conforme a técnica em meteorologia do Instituto Tecnológico Simepar Vanessa D'ávila, o que causa maior alerta é a média baixa nos índices de umidade. "Não é nem tanto pelo valor, mas mais pela sequência de dias, já que desde o início do mês temos esse panorama de tempo seco", diz.

A análise meteorológica do tempo se reflete na maior procura nas unidades de saúde da capital de pessoas com a queixa de problemas de alergia ou respiratórios. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que entre a semana do dia 29 de julho a 4 de agosto, 15,9% das pessoas que procuraram atendimento médico alegavam algum tipo de problema respiratório. Já entre o dia 12 e 18 de agosto, o número subiu para 17,8%.

O Simepar ainda não prevê chuva, o que deve fazer o tempo seco se prolongar pelo menos até o final de semana. Vanessa diz que o tempo fica mais árido nos períodos mais quentes do dia, entre o meio dia e as 16 horas. E para complicar a vida dos curitibanos, este mês de agosto é o mais quente desde 1997, quando a temperatura começou a ser medida pelo instituto. A média mínima, nos últimos 10 dias, segundo o Simepar, é de 22ºC.

Para enfrentar a reta final do veranico prolongado e atípico para esta época do ano, a médica Claudete Closs, pediatra da Unidade de Saúde Mãe Curitibana, fornece algumas dicas. O principal grupo que sofre as consequências da pouca umidade são as crianças e os idosos. "As crianças estão em fase de crescimento e precisam de muita água para se hidratar, já os idosos não costumam sentir sede, por isso precisam criar o hábito de tomar no mínimo dois litros de água por dia", recomenda.