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Segurança

Curitiba foi a capital da região Sul com mais mortes violentas em 2014

 | Aliocha Maurício/Tribuna do Paraná
(Foto: Aliocha Maurício/Tribuna do Paraná)

Curitiba fechou 2014 como a capital mais violenta da região Sul, em números absolutos. A cidade registrou 604 mortes violentas intencionais – que incluem homicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. O número representa um aumento de 6,4% nos casos, em relação a 2013. No ano passado, a violência da capital paranaense fez, em média, uma vítima fatal a cada 13 horas. Os dados constam do 9.º Anuário Nacional Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado nesta quarta-feira (30).

Porto Alegre (RS) teve um volume de mortes violentas um pouco menor: 594. Mas o aumento foi bem maior na capital gaúcha, passando dos 23%. Já Florianópolis (SC) fechou 2014 com 78 crimes fatais, crescimento de 21% em relação ao ano anterior. Em termos absolutos, Fortaleza (CE) foi a capital mais violenta, com 1.989 mortes, seguida por Salvador (BA) – que teve 1.397 – e São Paulo (SP) – com 1.360.

“O que podemos concluir é que as capitais impulsionam a violência em uma proporção maior do que era possível imaginar”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pela publicação. A estimativa é de que as capitais sejam responsáveis por um terço dos assassinatos ocorridos em todo o país.

Em relação à própria população, Curitiba registrou 32,4 mortes violentas por 100 mil habitantes. O índice é quase o dobro do aferido em Florianópolis (SC), que teve 16,9 casos por 100 mil moradores. Porto Alegre (RS), no entanto, o número foi ainda maior: 40,6 mortes por 100 mil habitantes. A Organização das Nações Unidades (ONU) considera epidêmicos índices acima de 10 casos por 100 mil pessoas.

Ainda em termos relativos, o índice de Curitiba é bem superior ao de capitais que tiveram mais mortes, como São Paulo (SP), por exemplo, que fechou 2014 com 11,6 mortes violentas por 100 mil habitantes. Neste quesito, capitais do Nordeste lideram o ranking. Em Maceió (AL), o indicador ultrapassou 81 casos por 100 mil pessoas e em Fortaleza (CE), chegou a 78,1.

Queda

Apesar dos apontamentos do Anuário, o índice de assassinatos em Curitiba vem em tendência de queda. Segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o número de casos recuou 28,2% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2014. O órgão atribui a redução a um trabalho de “prevenção especializada”.

A Divisão tem mapeado os casos ocorridos desde 2001 – locais, horários e dias de incidência – e tem feito projeções de onde os assassinatos podem ocorrer. A partir disso, equipes da própria DHPP tem circulado por essas áreas.

“Além de colocarmos viaturas nos locais críticos, temos nos focados na identificação dos mandantes dos crimes. Identificando a causa, você combate o crime de forma eficaz”, disse o delegado Francisco Caricati, adjunto da DHPP.

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