Curitiba terminou junho com uma média de 1,9 homicídios por dia. De acordo com um levantamento divulgado pela Delegacia de Homicídios (DH), 57 pessoas foram assassinadas ao longo do mês. Em maio, no entanto, a capital teve 47 casos: 21% menos.
Apesar do aumento dos casos, a delegacia aponta que junho terminou com 56 homicídios solucionados, com autoria apontada. "Esses casos resolvidos se referem não só a assassinatos cometidos em junho, mas também em meses anteriores", explica a delegada Maritza Haisi. "Praticamente equiparamos o número de homicídios ao de casos resolvidos, o que serve de estímulo", complementou.
De acordo com o último levantamento do Ministério da Justiça, a média nacional de casos de homicídios solucionados é de apenas 8%. Com os números de junho, Curitiba fechou o mês com 98,2% de resoluções, segundo a DH. Os números também são mais positivos que os registrados em maio, quando a capital teve 38 homicídios solucionados, resultando em um índice de 80,8% de casos resolvidos.
Ainda em junho, 13 acusados de participação em assassinatos foram presos. Curitiba teve também seis casos de tentativa de homicídio, dois de lesão corporal seguido de morte, duas mortes em confronto com a Polícia Militar (PM) e um de lesão corporal. Não houve latrocínio (roubo seguido de morte) em junho.
Homicídios antigos
Em junho, o grupo Homicídios Não Resolvidos (Honre), da DH, conseguiu apontar a autoria de 16 assassinatos ocorridos antes de 2008, segundo o delegado Rubens Recalcatti, responsável pelo núcleo. Outros 13 casos foram concluídos como "sem solução", em que a polícia não conseguiu localizar testemunhas ou até mesmo a família das vítimas.
Foram analisados 195 inquéritos e realizadas 95 oitivas e 75 intimações. Em 213 casos, a polícia pediu prorrogação de prazo para finalizar as investigações. "A principal dificuldade é justamente encontrar pessoas testemunhas ou familiares que possam ajudar a esclarecer os fatos", disse o delegado.
Para Recalcatti, os inquéritos apontam que houve falhas de procedimento nos inquéritos antigos. Na avaliação dele, os delegados deveriam ter ouvido familiares das vítimas, antes de a delegacia expedir a guia de liberação dos corpos. "Houve uma falha. Mas precisamos avaliar se essas oitivas poderiam ter sido feitas à época, se havia infraestrutura para isso", disse.
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