A notícia sobre o primeiro lugar em Matemática foi dada pela pedagoga Marcela Szawka. Foi ela quem providenciou o material para que ele pudesse estudar. Ele aproveitou a chance. Estudava de seis a oito horas por dia. No vestibular, gabaritou as provas de matemática e física, mas perdeu-se na prova de conhecimentos gerais, pois a informação cotidiana na prisão é limitada. Na prova de redação, sentiu dificuldades para discorrer sobre o tema "A escola e a violência". L.C. tem consciência que poderá enfrentar preconceito na universidade, mas não esconderá sua história, tampouco irá alardeá-la. Espera que a sua trajetória de vida sirva de alerta para os colegas mais jovens. O rapaz também pretende ir além da graduação e prosseguir até o doutorado. "Tenho de recuperar minha vida", diz.
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