A Justiça adiou para o próximo dia 27 a decisão sobre um possível júri popular para o acusado de matar três pessoas da mesma família em um acidente de trânsito no ano passado em Curitiba. A expectativa era que a decisão fosse tomada nesta segunda-feira (6) durante uma audiência no Tribunal do Júri, na capital do estado, mas uma das testemunhas não compareceu.
"Foram ouvidas algumas testemunhas e alguns bombeiros que atenderam à ocorrência", disse o assistente de acusação e advogado da família Brunno Pereira. O advogado acredita que o caso deve ser levado a júri popular. "Eu acredito que existe a possibilidade. São provas concretas", afirmou o advogado.
Eduardo Vitor Garzuze, de 25 anos, fugia de outro acidente que havia acabado de causar quando furou o sinal vermelho e bateu o carro contra o veículo onde estava a família, no cruzamento da Avenida Silva Jardim com a Rua Alferes Poli. O caso foi na madrugada do dia 22 de agosto de 2013.
Segundo informou a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) na época, Garzuze estava alcoolizado e trafegava pela Avenida Silva Jardim em um Ford Ka. Ao chegar no cruzamento com a Rua Alferes Poli, ele teria furado o sinal vermelho e acertado em cheio a lateral do Corsa Classic, ocupado pelas vítimas.
Garzuze chegou a ficar em estado grave. Se for para júri popular, ele responderá por três homicídios dolosos, quando há intenção e matar, e também lesão corporal grave.
Defesa
O advogado de defesa de Garzuze, Ricardo Ivankio, afirmou que o depoimento prestado nesta segunda-feira (6) pelos socorristas são favoráveis à tese da defesa e que o caso pode não ir a júri popular. "As provas estão mostrando que a moça foi quem furou o sinal. A gente está confiante que ele não vai a júri", afirmou.
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