A Polícia Civil informou, na tarde desta quarta-feira (4), que o inquérito sobre a morte de Tayná da Silva, ocorrida no final de junho em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, está agora a cargo do delegado Cristiano Quintas, adjunto da Delegacia de Homicídios (DH). O anúncio de que o responsável pelo caso seria definido nesta tarde já havia sido adiantado pelo delegado-chefe da Polícia Civil, Riad Farhat, em reunião na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores, durante a manhã. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou, no entanto, que a escolha não impede que a titular da DH, Maritza Haisi, possa futuramente assumir o caso ou designar mais um delegado para auxiliar nas investigações. A Sesp informa, também, que as investigações não estiveram interrompidas desde a última quinta-feira (29), quando o inquérito foi devolvido à polícia pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Durante este intervalo, segundo a Sesp, os trabalhos continuaram em andamento pelo setor de inteligência da polícia.
Nova troca
Esta é a terceira vez que o caso muda de mãos. O inquérito começou a ser presidido pelo delegado Silvan Rodney Pereira, que chegou a prender quatro suspeitos. Entretanto, denúncias de que eles confessaram sob tortura mudou completamente os rumos das investigações. Silvan e outras 13 pessoas foram detidos, acusados de terem cometido excessos contra os presos. Em seguida, o inquérito passou para o delegado Fábio Amaro. Ele substituiu Silvan após as suspeitas, embora o motivo oficial fosse pelas férias do então delegado do Alto Maracanã. Mais tarde, o caso trocou de mãos novamente, passando a estar sob responsabilidade de Guilherme Rangel, que entrou em férias na segunda-feira (26). Na reunião na Câmara de Vereadores, Farhat já havia negado que o caso estava parado nos últimos dias, enquanto o novo delegado não era anunciado.
"O caso estava na Justiça, esperando prazos. Agora eles [a Justiça] devolveram à Polícia CIvil e será dado andamento. O fato de ter ou não um delegado presidindo o inquérito neste momento não paralisou os procedimentos. A polícia sabe o que falta fazer e o que falta fazer não pode ser feito nem hoje nem amanhã", disse o delegado-geral.
Farhat justificou o fato de a DH ficar com o caso por conta da infraestrutura da unidade, especializada neste tipo de crime. "Embora as investigações do caso estejam avançadas, lá tem uma estrutura adequada, tem experiência e tem know-how. Vamos aproveitar isso", apontou.