• Carregando...

O Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) estima que pelo menos 15 mil presos ainda estão em delegacias no estado. Pelo menos 3 mil estariam em delegacias da região metropolitana de Curitiba (RMC) e no Litoral do estado – inclusive na delegacia de Paranaguá, que no mês passado tinha 216 presos no espaço destinado a 27. "A solução seria construir no estado três instituições para prisão provisória, com 5 mil vagas cada", afirma o presidente do Sinclapol, André Gu­­tierrez. Ele avalia que as unidades de prisão provisória disponíveis na RMC (o CT 1, em Piraquara, e o CT 2, no centro de Curitiba) não são suficientes. "A criminalidade aumenta, não há recuperação nem ressocialização. Não há atividades para remir as penas dos presos. Nas delegacias é ainda pior, o preso fica desamparado, sem as benesses que a lei prevê em relação à pena. E os policiais ficam em desvio de função."

Gutierrez diz que a situação nas delegacias da RMC ainda é crítica. "As delegacias estão cheias no Alto Maracanã, em Colombo, Mandirituba, Araucária, Bocai­­ú­va do Sul. Em Almirante Taman­­daré teve até morte no ano passado, durante uma fuga", afirma. "Em Curitiba, apesar de terem es­­vaziado algumas delegacias, ou­­tras ainda estão cheias. A Dele­­gacia de Furtos e Roubos já está com quase 40 presos. Preso não tem de ficar em delegacia, a lei é clara quando diz que preso só fica em delegacia quando é de interesse da investigação. Ter­­minou a investigação, ele tem de ir para a prisão provisória."

Em Londrina, a situação de três unidades também é crítica, segundo o presidente do Sin­­dicato dos Policiais Civis de Lon­­drina e Região (Sindipol), Ade­­milson Batista. "Ainda tem três delegacias com presos na cidade. E estão superlotadas", diz Batista.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]