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O delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) do Rio, Marcus Vinícius Braga, afirmou que a entrada do crack nas favelas cariocas foi uma condição imposta pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para continuar a vender cocaína ao Comando Vermelho (CV). "Os traficantes paulistas disseram que só venderiam a cocaína se os cariocas comprassem crack. Isso provocou um estouro no consumo da droga em favelas dominadas pela facção.

Na Favela do Jacarezinho, na zona norte, por exemplo, em recente operação policial, agentes encontraram um terreno baldio no meio da favela onde estava escrito "bem-vindo à cracolândia". E moradores confirmaram que o local era um espaço destinado aos usuários dessa droga pelo tráfico.

Segundo a polícia, antes da exigência do PCC, os traficantes cariocas sempre resistiram ao crack. Alguns policiais acreditam que isso ocorria por dificuldades no armazenamento ou simplesmente porque a droga não era popular no Rio. Também há quem acredite que os criminosos temiam o efeito do poder destrutivo do entorpecente na favela. Braga diz que o esquema entre PCC e CV para venda de cocaína é anterior à entrada do crack no Rio. "O PCC é o grande fornecedor de cocaína para essa quadrilha e isso não é recente. É lógico que a quadrilha opera com outros fornecedores, mas São Paulo é o grande entreposto desses criminosos", ressalta o policial federal.

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